Um projeto está fazendo a diferença na Unidade Prisional de Aquiraz. Intitulado “Juventude Viva: Do Cárcere para a Liberdade”, a iniciativa já envolveu mais de mil participantes em discussões sobre resiliência, empatia e temas como autocuidado, saúde mental, inteligência emocional e a importância dos laços familiares. A ação é uma parceria entre a Secretaria da Proteção Social (SPS) e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP).
Até agora, a ação beneficiou 1.031 pessoas, com um total de 8.770 participações nas sessões. A condução dos encontros está a cargo de Thayane Saraiva, psicóloga do Centro de Referência sobre Drogas (CRD) da SPS, em parceria com a assistente social Rosinete Carvalho.
“Nestes oito meses em que temos realizado os encontros do projeto, observei que eles foram mudando muito. No início eram mais calados, e depois foram se sentindo mais à vontade com a gente. Hoje, eles conseguem relatar suas experiências sem medo de serem julgados. Na semana passada, por exemplo, nos deram o feedback de que a temática do fortalecimento dos vínculos familiares foi o que eles mais gostaram e também a dinâmica do abraço, do sentir-se acolhido de alguma forma”, comentou Thayane.
A origem do projeto remonta a diálogos entre Lidiane Rebouças, secretária-executiva de Cidadania e Política sobre Drogas da SPS, e Ilana Ferro, diretora da UP de Aquiraz. “Nosso foco é proporcionar espaços de reflexão, apoio, orientação, cuidado e discussões para que os internos desenvolvam suas habilidades socioemocionais. (…) Estamos trabalhando para além da redução de danos daqueles que eram adictos em álcool e outras drogas, optamos por trazer um leque maior de assuntos que têm sido essenciais para que os internos consigam se conectar com as profissionais do projeto e se desenvolver cada vez mais através dos encontros”, explicou Lidiane.
Além disso, a UP de Aquiraz não se limita apenas aos encontros do projeto “Juventude Viva: Do Cárcere para a Liberdade”. A unidade também oferece Ensino de Jovens e Adultos (EJA), cursos de graduação a distância, incentivo à leitura e produção de artesanato, que contribuem para a renda das famílias dos internos.
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