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Projeto universitário inspira lei municipal para combater violência obstétrica em Caririaçu

Foto: Ascom Unileão

Um projeto de extensão desenvolvido por alunos do curso de  um curso de Direito criou uma proposta legislativa para enfrentar o problema da violência obstétrica. A iniciativa resultou na criação de uma lei municipal na cidade de Caririaçu, na Região do Cariri. 

O projeto foi desenvolvido por alunos do Curso de Direito do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio,  em Juazeiro do Norte e a iniciativa surgiu com o objetivo de ampliar o debate sobre o tema, promovendo conscientização e buscando soluções para garantir um atendimento mais digno e humanizado às gestantes. A iniciativa gerou a criação da Lei Municipal n.º 975/2025, que institui o Programa de Conscientização sobre a Violência Obstétrica em Caririaçu. 

“O projeto adotou uma abordagem interdisciplinar entre Direito, Saúde e Bioética. Nos estudos, os alunos analisaram princípios da bioética, como o princípio da autonomia ou autodeterminação, que reconhece o direito do paciente de tomar decisões sobre seu tratamento, desde que seja bem informado sobre e de maneira humanizada”, afirma a professora Rafaella Dias, coordenadora do projeto Vozes do Parto.

Ao longo da iniciativa, os estudantes estruturaram uma proposta legislativa e foram incentivados a levá-la às Casas Legislativas da região. O líder da equipe, Fabrício da Silva Sousa, apresentou o projeto na Câmara Municipal de Caririaçu, sua cidade natal, onde obteve apoio dos vereadores Adriana Calixto, Cícero de Lacerda Costa e José Góes da Costa. Com ajustes orientados pela professora, a proposta foi adequada ao formato legislativo e aprovada por unanimidade.

A nova lei prevê, que sejam realizadas campanhas educativas, incluindo uma “Semana de Conscientização”, evento anual, realizado no mês de agosto, para promover o tema, a criação de um canal de denúncias anônimas e a capacitação contínua de profissionais da saúde. A violência obstétrica atinge uma em cada quatro mulheres no Brasil, segundo a Fundação Perseu Abramo, mas ainda é subnotificada e pouco combatida por políticas públicas.

 

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