A quadrilha junina agora ocupa um lugar especial na cultura de Fortaleza ao ser reconhecida como Patrimônio Imaterial do Município. A cidade é a primeira do Brasil a oficializar esse reconhecimento. A confirmação veio por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM).
Agora, a quadrilha integra o Livro de Registro das Formas de Expressão, uma ferramenta legal que protege manifestações culturais locais e reforça a importância da quadrilha para a identidade e a memória do povo fortalezense. Para Helena Barbosa, secretária municipal de Cultura, “esse é mais um passo que reafirma o compromisso da gestão com a preservação da memória e das tradições que constituem a identidade cultural de Fortaleza”.

O pedido foi apresentado à Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), em 2017. A iniciativa foi de Guilherme Sampaio, Lucimar Martins, Michel Lins, Márcio Martins, Marcelo Lemos, Frota Cavalcante, Larissa Gaspar e Benigno Júnior, que eram todos vereadores na época.
Após ter sido protocolado, o projeto passou por avaliações técnicas da Coordenação de Patrimônio Histórico e Cultural (CPHC), da Comissão Técnica e do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural (Comphic). Só então o pedido foi aprovado pela Procuradoria Geral do Município e sancionado pelo prefeito Evandro Leitão.
Diego Amora, coordenador da CPHC, destaca que esse reconhecimento vai muito além das apresentações tradicionais. ”É um registro muito importante, que reconhece e valoriza todo o empenho, trabalho e energia de tantos grupos, seus brincantes e representantes que fazem da quadrilha junina uma manifestação que, para além dos ricos momentos de apresentação, retrata a diversidade e a potência de uma cadeia produtiva atuante em todos os meses do ano e presente em todos os territórios da cidade”, comentou.
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