A Quarta-Feira de Cinzas, celebrada hoje, marca o início da Quaresma, um período de reflexão e preparação espiritual para a Páscoa. A data tem grande importância para os fiéis católicos e é caracterizada pela cerimônia das cinzas, um ritual simbólico que remete à transitoriedade da vida e ao chamado à conversão.
O significado da Quarta-Feira de Cinzas
Durante as missas realizadas neste dia, os fiéis recebem na testa ou na cabeça as cinzas obtidas a partir da queima das folhas do Domingo de Ramos do ano anterior. O gesto reforça a mensagem bíblica de que “do pó viemos e ao pó voltaremos” (Gênesis 3:19) e simboliza o reconhecimento da fragilidade humana e a necessidade de penitência.
A tradição da Quarta-Feira de Cinzas remonta aos séculos III e IV e surgiu como uma prática de devoção popular. Embora seja amplamente adotada pela Igreja Católica, outras denominações cristãs não costumam realizar rituais específicos para a data.
O início da Quaresma e a preparação para a Páscoa
A Quarta-Feira de Cinzas marca o começo da Quaresma, um período de 40 dias que antecede a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Inspirado nos 40 dias que Jesus passou no deserto, esse tempo é dedicado à reflexão, oração e penitência.
Uma das práticas mais difundidas entre os católicos neste período é a abstinência de carne vermelha, especialmente na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o jejum pode ser uma forma de fortalecer a espiritualidade, promovendo uma maior atenção à Palavra de Deus.
“A fome que sentimos ao fazer jejum pode simbolizar e evocar a fome que temos da Palavra de Deus. É um tempo forte de escuta, pois através dela conhecemos os desejos divinos e buscamos praticar sua vontade”, afirma a CNBB.
No entanto, o jejum não precisa ser exclusivamente alimentar. Os fiéis podem substituir a carne por outro alimento ou optar por se privar de algo que lhes seja significativo, como doces, bebidas alcoólicas ou qualquer outro item de grande apreço.
O peixe é uma das alternativas mais escolhidas durante a Quaresma, não apenas por ser considerado um alimento mais simples, mas também por seu simbolismo na tradição cristã. Ele está associado a diversos episódios bíblicos, como a multiplicação dos pães e dos peixes, além de ser um dos primeiros símbolos utilizados pelos cristãos primitivos.
Em 2025, a Páscoa será celebrada no dia 20 de abril, encerrando o ciclo quaresmal e marcando a principal festividade do calendário cristão.
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