O sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (AEDO), desde que começou a operar em abril de 2024, já recebeu manifestação de 186 cearenses que registraram nos cartórios o desejo de se tornarem doadores de órgãos. Até o momento, 8.387 brasileiros já estão cadastrados na plataforma.
O AEDO tem como objetivo facilitar o reconhecimento do desejo de uma pessoa ser doador de órgãos, sendo isso através da internet em um processo rápido e acessível. Apenas no Nordeste, houveram 1.043 manifestações para doação de órgãos, no qual a Bahia foi o estado com mais registros, com 293, seguido por Pernambuco, com 157, e pelo Ceará, com 186.
Em relação a todo o país, São Paulo é quem lidera, tendo 2.809 cadastros, ficando na frente do Rio de Janeiro, que possui 747 manifestações, e Minas Gerais, com 684 registros. Outras unidades federativas com dados consideráveis são Pará, com 680, Santa Catarina, com 559, e Rio Grande do Sul, com 469.
Vale lembrar que em todo o Brasil há 43,7 mil pessoas aguardando transplante de órgãos, sabendo disso, o AEDO aparece como uma colaboração para simplificar o processo de doação. Presidente em exercício da Associação dos Notários e Registradores do Ceará (Anoreg-CE), Cícero Mazzutti, afirma que “com um aparelho de celular ou computador e acesso à internet, é possível manifestar esse ato de solidariedade a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana”. A própria plataforma gera e valida a certidão, que possui um prazo indeterminado e pode ser revogada a qualquer momento.
Além disso, aqueles que estiverem interessados também podem ir de maneira presencial a um cartório de Notas para formalizar o deseja de ser doador de órgãos. Caso vá a óbito, as autoridades de saúde, através do banco de dados dos cartórios, poderão verificar manifestada em vida do doador.
Até o momento, o país possui uma demanda maior por doação de rins, no qual há mais de 40 mil pessoas na fila de espera para transplante. O restante do ranking de demanda é composto por fígado, coração, pâncreas, pulmão e multivisceral. Dependendo do tipo de transplantação, condição de saúde do paciente e a disponibilidade de doadores, a média de espera é de um ano e meio.
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