Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 40% dos consumidores que fazem compras online confessaram já terem adquirido produtos sem pensar e se arrependido depois. Esse índice é ainda maior entre os jovens de 16 a 24 anos (45%) e entre pessoas com maior escolaridade e renda (43%).
Nesse contexto, especialistas alertam para as consequências de decisões de compra sem reflexão. Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, ressalta que promoções relâmpago e ofertas atrativas costumam influenciar o consumidor a agir sem avaliar suas necessidades reais.
“Muitas vezes, o consumidor é levado a comprar por impulso, seja porque percebe uma queda muito forte de preço ou uma oportunidade que pode passar rapidamente. Mas, ao fazer isso, ele não reflete sobre a real possibilidade e necessidade de fazer aquela compra, o que pode trazer impacto negativo, inclusive, na hora de fazer compras mais corriqueiras e mais necessárias”, disse.
Problemas Comuns
Cerca de metade dos consumidores já recebeu produtos com defeito ou diferentes do anunciado, conforme apontou o levantamento da CNI. Diante disso, 44% optaram por devolver ou trocar o item, enquanto 34% buscaram contato imediato com o atendimento ao cliente. Outros 18% relataram frustração com a qualidade do produto.
Ainda assim, os brasileiros enxergam vantagens na compra pela internet. O preço mais baixo em comparação às lojas físicas foi citado por 36% como o principal benefício, seguido pela conveniência de realizar compras sem sair de casa, mencionada por 28%.
Metodologia
Os dados foram coletados pela Nexus, empresa da FSB Holding, entre 17 e 20 de maio. A pesquisa envolveu 2.012 entrevistados com 16 anos ou mais, abrangendo todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. A exceção foi o Rio Grande do Sul, que enfrentava chuvas intensas no período.
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