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Quase 700 mil jovens cearenses de 18 a 24 anos estão fora da escola

No Ceará, a superação das perdas educacionais deixadas pela pandemia de Covid-19 tornou-se uma das principais metas do Governo do Estado. O governador Elmano de Freitas (PT) considera que reverter os prejuízos no aprendizado é indispensável para garantir o avanço dos estudantes até o ensino superior.

“Penso que temos que avançar muito é nos jovens. A pandemia afetou a aprendizagem dos nossos alunos e temos muito ainda o que avançar na recomposição de aprendizagem. No Estado do Ceará, os resultados são muito positivos na recomposição de aprendizagem, mas é, sim, um desafio para a rede pública nós pudermos garantir que essa recomposição se dê plenamente”, pontuou durante o lançamento do pr0grama “Enem Não Tira Férias”.

Quase 700 mil jovens cearenses de 18 a 24 anos estão fora da escola
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

No plano federal, o Ministério da Educação (MEC) também tem voltado esforços à questão. Em março deste ano, o governo lançou o Pacto Nacional pela Recomposição de Aprendizagens, justamente para tentar diminuir os prejuízos educacionais registrados em todo o país. Além da crise sanitária, o documento destaca que eventos climáticos extremos e desigualdades sociais também ampliam as barreiras para garantir o ensino de qualidade.

Dados

Um levantamento divulgado em abril pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostrou que, em 2024, 54% dos alunos do 3º ano do Ensino Médio no Ceará apresentaram notas classificadas como “abaixo do básico” em Matemática. Diante dos resultados, Elmano defende a valorização dos profissionais como uma das principais respostas para enfrentar as lacunas educacionais, com incentivo à qualificação em níveis de mestrado e doutorado.

“Dias atrás nós estávamos analisando, nós temos 25 doutores de Matemática, nós temos centenas de mestres em Matemática. Portanto, nós temos muitos professores mestres, especialistas e doutores, ou seja, a qualificação do magistério do Ceará nos dá muito orgulho”, comentou.

Quase 700 mil jovens cearenses de 18 a 24 anos estão fora da escola
Foto: iStock

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), revelam que, no segundo trimestre de 2024, apenas 27,5% dos jovens de 18 a 24 anos estavam matriculados no Ceará. Isso representa 265 mil estudantes de um total de 963 mil. Assim, aproximadamente 698 mil permanecem fora das salas de aula.

Em 2019, a taxa chegou a 29,3%, o maior índice desde 2016, mas recuou para 26,1% em 2022. Em 2024, o Estado ocupa a terceira pior posição do país, à frente somente de Alagoas e Mato Grosso.

Volta da Certificação

Outro ponto citado por Elmano foi o retorno da certificação do Ensino Médio por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mecanismo que havia sido interrompido em 2017 e voltou a valer em 2025. “Se a pessoa demonstrou em exames que ela está capaz para a aprovação, isso, pra mim, é mais do que razoável de que ela se mostrou capaz e com conhecimento suficiente para avançar”, disse.

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