
O Brasil atingiu recentemente a marca de quase 8 milhões de empresas inadimplentes. O levantamento nacional é baseado em dados da Serasa Experian e do Mapa de Empresas. Desse total, cerca de 7,6 milhões são micro e pequenas empresas. Juntas acumulam mais de R$ 130 bilhões em dívidas.
O número revela o seguinte cenário: aproximadamente um terço dos negócios do país opera com contas atrasadas. Entre os principais fatores que levam ao aumento da inadimplência estão a queda no faturamento, as taxas de juros ainda elevadas e a dificuldade de acesso ao crédito.
Para pequenos empreendedores, essa combinação resulta em desafios constantes para manter o fluxo de caixa regular e cumprir compromissos básicos, como pagamento de fornecedores e manutenção de operações.
Especialistas destacam que muitas empresas em situação crítica acabam tendo de recorrer a renegociações mais profundas ou, em casos extremos, à recuperação judicial. Esse processo exige organização e planejamento financeiro, o que nem sempre está ao alcance de pequenos negócios que já enfrentam dificuldades estruturais.
O cenário também pressiona o mercado de trabalho, já que parte dessas empresas inadimplentes representa importantes fontes de emprego nos municípios. Com a capacidade de investimento reduzida, muitas acabam suspendendo contratações ou até diminuindo suas equipes, o que amplia o impacto econômico e social da crise de endividamento.


