A Serasa Experian divulgou a segunda edição de sua pesquisa sobre o perfil da mulher empreendedora no país. O estudo revela uma transformação nas motivações que levam as brasileiras a abrir seus próprios negócios, além de um panorama das diferenças de gênero no empreendedorismo, comparado com a primeira edição realizada em 2022.
Em 2022, a independência financeira era o principal motivo para 40% das mulheres empreendedoras, enquanto a flexibilidade de tempo ocupava o segundo lugar com 29%. Em 2025, a flexibilidade de tempo subiu para 46% e a independência financeira permaneceu em 40%. A busca por realização pessoal caiu de 24% para 18%, enquanto a necessidade de uma renda complementar aumentou de 21% para 24%. A motivação de ganhar mais se manteve estável, com 20%, mas agora ocupa a quarta posição.
A pesquisa também destacou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres empreendedoras no ambiente de trabalho. De acordo com o levantamento, 71% das entrevistadas sentem que ainda é desafiador em conciliar suas responsabilidades familiares com as demandas profissionais. Outro dado mostra que 68% das mulheres afirmam enfrentar preconceito ao tentar se destacar e assumir cargos de liderança.
Além disso, 65% delas sentem dificuldades para serem respeitadas como líderes em seus próprios negócios. Ainda sobre a questão de gênero, 57% das respondentes acreditam que as mulheres empreendedoras enfrentam mais barreiras para se posicionarem em mercados dominados por homens.
Mariana Figueiredo, diretora de produtos para pequenas e médias empresas da Serasa Experian, também reforçou a importância de compreender as mudanças no contexto do empreendedorismo feminino. “É muito relevante acompanhar esta evolução entre as duas ondas da pesquisa pois nosso objetivo é apoiar as PMEs e as mulheres em toda a sua jornada, entendendo suas transformações e motivações para a criação de produtos e serviços aderentes as suas necessidades, além de fornecer conteúdo de qualidade que facilite a gestão do negócio”, comentou.
Metodologia
A pesquisa “Mulheres no Empreendedorismo” foi conduzida por meio de um levantamento quantitativo, com 562 participantes de todas as regiões do Brasil. A análise considerou fatores como setor de atuação (comércio, serviços e indústria), perfil de clientes e não clientes de birôs de crédito, além de abrangência de classes sociais.
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