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Quase metade dos brasileiros rejeita redução de penas por tentativa de golpe

A maioria dos brasileiros se posiciona contra a redução de penas prevista no projeto de Lei da Dosimetria, atualmente em tramitação no Senado. É o que aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (17/12), segundo a qual 47% dos eleitores rejeitam a proposta voltada aos condenados pela tentativa de golpe de Estado.

O levantamento revela ainda que o apoio à redução das penas é minoritário. Entre os entrevistados, 24% concordam com a diminuição nos termos apresentados no projeto, enquanto 19% defendem cortes ainda mais amplos. Outros 10% não souberam responder ou não manifestaram opinião.

No entanto, diferenças aparecem quando o resultado é analisado a partir do posicionamento político dos eleitores. A rejeição é mais intensa entre aqueles que se identificam como “lulistas” ou de “esquerda não lulista”, enquanto o apoio cresce entre eleitores de direita e “bolsonaristas”. No grupo dos independentes, 48% são contrários à proposta, 27% favoráveis e 11% defendem reduções maiores.

Quase metade dos brasileiros rejeita redução de penas por tentativa de golpe
Foto: Reprodução

Além da avaliação sobre o mérito do projeto, a Quaest investigou como os eleitores interpretam sua finalidade. Para 58% dos entrevistados, a iniciativa teria como objetivo principal reduzir uma eventual pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 30% acreditam que a proposta beneficiaria todos os condenados e 12% não souberam opinar.

Anistia

O estudo também incluiu uma nova rodada de perguntas sobre a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Apesar de continuar majoritária, a rejeição à anistia apresentou leve recuo em relação à última medição: 44% se declararam contrários, diante dos 47% registrados em outubro, o que representa uma variação dentro da margem de erro.

No sentido oposto, 36% afirmaram apoiar uma anistia ampla, que incluiria todos os condenados, inclusive Bolsonaro. O percentual está um ponto acima do observado anteriormente. Já a defesa de anistia restrita aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro avançou de 8% para 10%.

Metodologia

O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 eleitores em todo o país, entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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