Em Parambu, quatro jovens foram hospitalizados com sintomas característicos de Paracoccidioidomicose, popularmente chamada de “Doença do Tatu”. Os pacientes, com idades de 22, 25 e 27 anos, haviam participado de uma caçada e consumido carne de tatu antes de apresentarem os sinais da enfermidade. Eles já estão registrados no sistema de regulação de saúde e aguardam transferência para Fortaleza, onde farão exames mais aprofundados e receberão atendimento especializado.
Doença do Tatu
A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica grave causada por fungos do gênero Paracoccidioides spp.. Conhecida como Doença do Tatu em algumas regiões, ela é particularmente perigosa em crianças e adolescentes, apresentando alta taxa de mortalidade nesses grupos.
O tratamento envolve o uso de medicamentos antifúngicos e, em casos graves, pode incluir intervenção cirúrgica. Atualmente, não existe vacina para prevenir a doença.
Embora seja uma prática tradicional em algumas regiões, a caça e o consumo de carne de tatu trazem diversos riscos à saúde. Além da Paracoccidioidomicose, o contato com a carne do animal pode expor as pessoas a agentes causadores de outras doenças graves, como o Trypanosoma cruzi, responsável pela doença de Chagas, e o bacilo causador da lepra.
Essas práticas também constituem crime ambiental, sendo proibidas por lei. Para quem ainda insiste em consumir carne de caça, a higiene durante o preparo é indispensável para reduzir os riscos de contaminação.
Os sintomas mais comuns incluem feridas ou manchas na pele, tosse persistente, febre alta, dificuldade para respirar, dor no peito e dores nas articulações. Outros sinais também incluem ínguas (linfonodomegalia), comprometimento pulmonar severo e perda significativa de peso.
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