Os reservatórios na Região do Curu experimentaram um aumento no volume de água, quase triplicando desde o início do ano até junho, graças à quadra chuvosa deste ano. De acordo com dados do Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), o nível médio dos 13 açudes da região saltou de 25,8% em janeiro para 72,1% em junho, representando o melhor aporte desde 2011.
Os números revelam que o Curu foi a região mais destacada em termos de recuperação hídrica durante a quadra chuvosa de 2024. No final de janeiro deste ano, os açudes da região armazenavam 272,2 hm³ de água, o equivalente a um quarto de sua capacidade total. Já em 1º de junho, ao término da quadra chuvosa, o volume alcançou 759,1 hm³. O número corresponde a 72,1% da capacidade máxima.
Atualmente, dos 13 açudes da bacia hidrográfica do Curu, cinco estão transbordando, três têm volume superior a 95% e quatro estão com mais de 50% da capacidade. Apenas dois reservatórios apresentam situação mais crítica: os açudes Salão (29,3%) e Sousa (5,4%), ambos localizados em Canindé. Ambos estavam completamente vazios até janeiro deste ano.
Yuri Castro, presidente da Cogerh, observou que “a bacia do Curu não vinha recebendo aportes significativos, com o volume sempre oscilando entre 20% e 30% nos últimos 12 anos”. As chuvas de 2024, no entanto, trouxeram a situação da região de volta a um estado “confortável”, como afirmou o gestor.
A quadra chuvosa cearense de 2024 garantiu um aporte de 9,49 bilhões de metros cúbicos de água para os 157 reservatórios monitorados pela Cogerh. Atualmente, o volume total é de 10,54 bilhões de m³, o que representa 56,9% da capacidade. As regiões do Acaraú, Baixo Jaguaribe, Coreaú, Curu, Litoral, Metropolitana e Serra da Ibiapaba estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%. Durante o período chuvoso, 77 açudes alcançaram sua capacidade máxima.
Os três maiores açudes do Ceará também receberam volumes significativos de água nos últimos meses. O Castanhão está com 36,2% da capacidade, o Orós atingiu 74,7% e o Banabuiú encontra-se com 42,9% de sua capacidade.
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