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Roseno define usina de Itataia como ameaça à população

Em entrevista concedida à REDE ANC, na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual Renato Roseno (Psol) reafirmou o seu posicionamento contrário à exploração da Usina de Itataia, em Santa Quitéria, a 220km de Fortaleza. Na ocasião, o parlamentar definiu o projeto como uma ameaça aos moradores locais. 

Para a construção da usina, é previsto a necessidade de um investimento em torno de R$870 milhões para a produção de 1,6 mil toneladas de concentrado de urânio simultâneo. Para o deputado, além da inviabilidade econômica, haverá sérios danos à saúde pública. “Desde o começo nós somos contrários a essa proposta por vários motivos. Primeiro porque a cadeia do urânio é perigosa por si. O urânio que pode vir a ser produzido em Itataia, em Santa Quitéria, vai entrar nessa cadeia para gerar energia para usinas nucleares. O que já aconteceu em várias partes do mundo com acidentes nucleares já seria a prova suficiente que essa não seria uma prova de matriz energética segura. A mineração de urânio também é insegura. Ela libera gases que causam câncer. Para nós é muito importante que as pessoas saibam disso”, pontuou.

Ainda de acordo com Roseno, o projeto irá sacrificar a população, já que não há segurança do ponto de vista hídrico. Para o parlamentar, a ação contar com o apoio do Governo do Estado configura uma inversão de prioridades. “O projeto prevê a utilização de 880 mil litros de água por hora. Isso é um absurdo para o Estado do Ceará, pois é água que o povo não tem e que vai faltar para as comunidades. O Governo do Estado se compromete em conseguir adutora com dinheiro do povo para abastecer a usina. Enquanto isso o povo fica sem”, critica. 

O deputado estadual também aponta inconsistência no licenciamento do projeto, o que já teria sido detectado pela equipe técnica do Ibama e levado ao Ministério Público Federal.

Confira:

Quem também repercutiu o assunto na Casa foi o líder do União Brasil, Sargento Reginauro. O deputado estadual cobrou do Governo do Estado uma postura mais clara em torno do projeto. Na oportunidade, o parlamentar expôs o fato de o Governo não ter publicizado em seu site e redes sociais a assinatura do memorando de entendimento com o Consórcio Santa Quitéria, ocorrido no dia 28 de setembro e apontou que a ação teria ficado restrita ao Diário Oficial.

O memorando tem por objetivo regular a forma e as condições pelas quais as partes se propõem a direcionar suas potencialidades, atuando em cooperação mútua com o objetivo de implementar as operações na jazida.

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