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Rússia desenvolve vacina contra o câncer

No último sábado (14/12), a Rússia revelou ter criado uma vacina contra o câncer que deverá ser disponibilizada a partir do ano que vem. Segundo informações divulgadas por Andrey Kaprin, diretor-geral do Centro de Pesquisa Médica em Radiologia do Ministério da Saúde da Rússia, o imunizante foi desenvolvido com tecnologia mRNA, conhecida após as vacinas contra a Covid-19.

Os resultados dos ensaios pré-clínicos, de acordo com Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, são promissores. Ele explicou que a vacina mostrou eficácia em desacelerar o crescimento de tumores e limitar a propagação de células cancerígenas para outras partes do corpo.

Baseada em avanços recentes na ciência médica, a vacina contra o câncer desenvolvida pela Rússia segue duas abordagens distintas. Uma delas consiste em imunizantes personalizados baseados na análise genética do tumor de cada paciente, utilizando tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Essa técnica já demonstrou potencial durante a pandemia, sendo capaz de treinar o sistema imunológico para reconhecer células malignas.

Rússia desenvolve vacina contra o câncer
Foto: Reprodução

Vacinas mRNA funcionam ao introduzir no corpo uma mensagem genética que ensina as células a produzirem uma proteína específica. Essa proteína desencadeia a produção de anticorpos pelo sistema imunológico, que fica preparado para reagir caso a ameaça se apresente no futuro.

Outra estratégia desenvolvida pela Rússia é a Enteromix, uma vacina composta por uma combinação de quatro vírus inofensivos. Essa fórmula, além de destruir diretamente as células cancerígenas, também estimula a resposta imunológica dos pacientes contra tumores.

A expectativa é que a vacina seja disponibilizada sem custos para os cidadãos russos no início de 2025. No entanto, ainda não há confirmação sobre a possível adoção desse imunizante por outros países, como o Brasil.

Desafios e Limitações

Embora os primeiros resultados sejam positivos, a comunidade médica aguarda mais informações sobre os testes clínicos. Cientistas russos afirmaram que a fórmula apresentou bons resultados na prevenção de metástases e no controle do crescimento de tumores, mas a eficácia geral do imunizante dependerá de estudos mais detalhados.

É importante lembrar que o câncer abrange dezenas de tipos diferentes e pode ser causado por múltiplos fatores. Por isso, a resposta a tratamentos como vacinas oncológicas tende a ser individualizada, dependendo das características de cada caso.

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