A Notícia do Ceará
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Saiba mais sobre o vulcão na Espanha e as consequências para o litoral cearense

Foto: Divulgação

No último domingo (19/09), o vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha La Palma do arquipélago espanhol das Ilhas Canárias, entrou em erupção e ligou o alerta para a possibilidade de um tsunami na costa brasileira. Porém, a possibilidade de uma catástrofe é bem remota devido o monitoramento por vulcanólogos e sismólogos.

Os abalos sísmicos iniciaram há muito tempo em cerca de 20 a 30 km de profundidade e foi verificado que os terremotos estavam ocorrendo cada vez mais próximos do vulcão.

Em 2001, há 20 anos, dois dos maiores pesquisadores do mundo, Steven Ward e Simon Day levantaram a hipótese de o vulcão Cumbre Vieja causar um tsunami que poderia atingir o Brasil. Na época, os dois chegaram a publicar um artigo científico alertando diversos países do Atlântico sobre o possível risco. Porém, a projeção das emanações vulcânicas foram bem precisas e os autores descartaram a possibilidade.

Segundo o professor Jeovah Meireles, a real chance de acontecer um tsunami proveniente de uma erupção vulcânica nas Ilhas Canárias é muito improvável. Alguns tsunamis, como o da Indonésia, em 2004, e do Japão, em 2011, foram provocados por tectonismos e abalos sísmicos na dinâmica das placas tectônicas. Porém, apesar de Fortaleza ter vulcanismos que aconteceram concomitantemente na formação da ilha de Fernando de Noronha e do Morro do Caruru, a placa tectônica onde está localizado o Brasil é passiva.

O monitoramento do derramamento de lava está sendo feito por imagens de satélites e medições locais, e a costa brasileira não está relacionada com os eventos atuais. Entretanto, Jeovah alerta que é preciso se atentar a outros eventos ocorrendo, como as condições climáticas do planeta, onde lençóis freáticos da região costeira estão sendo salinizados e trechos em processo erosivo, por exemplo.

Em suma, a população pode ficar tranquila, pois as chances de um tsunami atingir o litoral cearense são remotas e praticamente nulas. Os esclarecimentos foram dados pelo professor Jeovah Meireles, que é do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e dos programas de Pós-Graduação em Geografia e em Desenvolvimento e Meio Ambiente da mesma instituição.

 

 

 

 

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