Diante de uma crise financeira, a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza decidiu suspender os atendimentos de média e alta complexidade. A queda no número de procedimentos já vinha acontecendo. Em 2019, foram realizadas cerca de 18 mil cirurgias e, em 2023, esse número caiu para apenas 7 mil.
Atualmente, restam apenas 28 pacientes internados na unidade, que decidiu concentrar esforços exclusivamente nos atendimentos clínicos, considerados mais viáveis diante da escassez de insumos e pessoal. A direção do hospital aponta a estagnação dos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma das principais causas da crise.
“Se fazemos uma cirurgia que custa R$ 2.500 e o SUS paga um pouco menos de R$ 1.000, temos que ir atrás de R$ 1.500 para cobrir o que prestamos”, detalhou Vladimir Spinelli, provedor da Santa Casa.
Apesar de uma parceria anunciada com o Governo do Estado em 2024, nenhum recurso chegou, até o momento, aos cofres da Santa Casa. Nesse contexto, a instituição pede apoio das gestões estadual e municipal para que a estrutura seja reerguida.
“Queremos que o governo do estado e do município nos apoiem. Numa restauração administrativa, numa revisão de recursos financeiros, porque o que a Santa Casa quer é salvar vidas”, pontuou Spinelli.
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