Elmano de Freitas, Governador do Ceará, anunciou nesta segunda-feira (27), o desligamento de Samuel Elânio da Secretaria da Segurança Pública do Estado, que agora será comandada por Roberto Sá.
Em pronunciamento oficial, Elmano agradeceu a dedicação e trabalho de Elânio enquanto esteve a frente da Secretaria, e ainda desejou sucesso ao novo secretário “na missão de enfrentar fortemente a criminalidade e proteger os mais de nove milhões de cearenses”.
Ex-oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro e primeiro colocado nos cursos de Operações Especiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o novo encarregado já ocupou o cargo de secretário da Segurança no estado carioca e também no Espírito Santo, fora sua experiência como subsecretário de Planejamento e Integração Operacional do Rio.
A declaração do então secretário gerou críticas dos opositores ao Governo Elmano de Freitas. Capitão Wagner, pré candidato a prefeitura de Fortaleza pelo União Brasil, o prefeito José Sarto e o ex prefeito Roberto Cláudio se manifestaram contra a declaração de Elânio.
A exoneração acontece dias após ele ter dito, em entrevista , que o número de assassinatos no Ceará ainda seria “razoável”.
Os opositores ao governo Elmano aproveitaram a fala para disparar contra a gestão da segurança pública no Ceará.
Os aliados de Elmano ainda defenderam a atuação do ex-secretário, mas a situação ficou insustentável, o que levou ao afastamento do secretário.
Samuel Elânio trabalhou na Secretaria da Segurança Pública do Estado desde dezembro de 2022, e, de acordo com Elmano, foi escolhido através de critérios técnicos e políticos. O mesmo participou de operações policiais contra o crime organizado nos estados do Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte, no que que resultou nas apreensões de armamentos, fora prisões de suspeitos com elevado grau hierárquico dentro de grupos criminosos envolvidos em roubos a bancos no Nordeste.
Além disso, Elânio foi chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência da Polícia Federal no Ceará (DRE/CE), e ainda fez parte de trabalhos que ocasionaram em prisões de chefes criminosos nacionais em outros países.
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