A Notícia do Ceará
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Setor alimentício se beneficia de redução de preços

Em agosto de 2024, os lares brasileiros registraram um crescimento no consumo de 2,54%, superando a projeção de 2,50% para o ano, conforme dados da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). No comparativo mensal, o indicador avançou 1% em relação a julho, favorecido pela queda nos preços de alimentos e bebidas para consumo em casa, que recuaram 0,73% em agosto, após uma diminuição de 1,51% no mês anterior.

Os impactos da sazonalidade, como a celebração do Dia dos Pais e a presença de cinco finais de semana em agosto, também foram fundamentais para este aumento. Em relação a agosto de 2023, a alta foi de 1,16%. Os índices mencionados são ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e abrangem todos os formatos de supermercados.

Além disso, a melhora da renda real e a diminuição da taxa de desemprego têm contribuído para o aumento do consumo. Os repasses do Bolsa Família somaram R$ 14,12 bilhões para 20,76 milhões de beneficiários, enquanto o Auxílio-gás destinou R$ 575,59 milhões a 5,64 milhões de famílias. O programa Pé-de-Meia, que deve movimentar R$ 6,1 bilhões, e o pagamento do último lote do PIS-Pasep, que alocou R$ 4,3 bilhões para mais de 4 milhões de trabalhadores, também se destacam.

Setor alimentício se beneficia de redução de preços
Foto: Shutterstock

Entretanto, os analistas da ABRAS estão preocupados com o futuro. A estiagem prolongada e as queimadas podem impactar os preços de alimentos, principalmente verduras, frutas e legumes, afetando a oferta no campo. Com isso, consequentemente, os preços ao consumidor até o final do ano também devem ser elevados.

As altas também podem ser observadas em produtos como café torrado e moído, que acumula um aumento de 20% em 2024, e o açúcar, que deve subir devido à redução da oferta provocada pelas queimadas. A demanda continua forte, especialmente nas indústrias alimentícia, de bebidas e farmacêutica.

As proteínas animais, como carnes bovinas, frangos e suínos, devem registrar aumentos. As queimadas afetam as pastagens, elevando os custos de alimentação do gado, que serão repassados até o consumidor.

O índice Abrasmercado, que monitora a variação de preços de uma cesta composta por 35 produtos essenciais, observou uma redução de 1,32% em agosto, representando a segunda queda consecutiva. O preço médio dessa cesta, que inclui alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene pessoal, caiu de R$ 742,60 para R$ 732,82 em média nacional.

A diminuição nos preços foi registrada em todas as regiões do Brasil, com o Norte liderando as quedas percentuais, apresentando uma retração de 1,85%. Nessa região, os preços foram de R$ 818,96 para R$ 803,84.

As demais variações regionais foram: Nordeste com uma queda de 1,71% (preços de R$ 679,12 para R$ 667,50), Centro-Oeste com -1,43% (de R$ 697,86 para R$ 687,90), Sudeste com -1,34% (de R$ 756,25 para R$ 746,08) e Sul com uma redução de 0,74%, com preços caindo de R$ 832,46 para R$ 826,28.

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