O terminal do Siqueira, em Fortaleza, se tornou palco de uma morte que chocou o estado no último sábado (21/05). O falecimento de Maria Joycianne Ferreira da Silva, de 20 anos, após ser prensada por um ônibus contra as grades de proteção.
“Não sei o que sentir, só consigo pensar no que ela sentiu, no desespero, na vida passando diante dos seus olhos. Eu sinto muito por ela”, afirma Webert, primo de Joycianne, após ouvir a notícia sobre a morte da parente. “A vida é um sopro demais. Vai com Deus prima, eu te amo demais, eu sinto muito por ter sido assim”, refletiu.
O corpo da jovem foi sepultado na manhã desta segunda-feira (23/05), em Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Sonhos
Maria Joycianne nasceu em Canindé mas foi criada como filha pelo tios na cidade de Maranguape, de acordo com informações divulgadas pelo Diário do Nordeste. A jovem tinha o sonho de ser enfermeira e trabalhava atualmente como atendente de telemarketing.
Repercussão
Logo após o anúncio da morte, usuários das redes sociais tomaram as plataformas para oferecer mensagens de condolências e relatar histórias semelhantes.
Terminal do Siqueira muito apertado desde que foi criado. Aliás, quase todos eles. Com a demanda aumentada pelo crescimento da cidade, as coisas ficaram piores.
— Henrique Andrade 🇧🇷🇷🇺🇮🇳🇨🇳🇿🇦🇵🇸 (@henrique1983) May 22, 2022
O foda é que ate eu mesmo, ja andei pelos terminais em locais que nao devia ser transitado pelos pedrestes… somos a somatoria de motoristas desatentos e pessoas que nao respeitam "as regras" pq nao podem se atrasar ou algo do tipo. É muito triste
— Bonitão das Tapioca (@magodalu) May 22, 2022
A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) se manifestou informando que “está colaborando para a apuração dos fatos”. De acordo com o órgão, “imagens do circuito interno de videomonitoramento serão disponibilizadas para a perícia”.
Fotos e vídeos da jovem imprensada também têm sido divulgada nas redes sociais e no Whatsapp. A exposição de cadáveres nas redes sociais configura crime de vilipêndio e a punição varia entre pagamento de multa e três anos de reclusão.