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Sobe para 16 o número de PMs presos por facilitar tráfico de drogas em Fortaleza

Subiu para 16 o número de policiais militares presos na “Operação Kleptonomos”, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta terça-feira (29/07). A ação apura a atuação de um grupo criminoso formado por agentes de segurança suspeitos de praticar corrupção, extorsão e facilitar o tráfico de drogas em Fortaleza.

Com as novas prisões, dois policiais que estavam foragidos foram localizados na capital cearense. Um deles se apresentou espontaneamente no Comando da Polícia Militar, enquanto o outro foi capturado por equipes da operação.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidas armas de fogo, drogas e diversas munições de calibres variados. Ao todo, a operação executou 34 mandados judiciais, sendo 16 de prisão preventiva e os demais de busca e apreensão, nos municípios de Fortaleza, Maracanaú, Itaitinga e Russas, além de Maceió, em Alagoas.

Sobe para 16 o número de PMs presos por facilitar tráfico de drogas em Fortaleza
Foto: Divulgação/MPCE

A Justiça autorizou, ainda, a suspensão do exercício da função pública dos investigados e a quebra do sigilo de dados de aparelhos celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos. A ofensiva foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

Com base nos elementos de prova reunidos, o MPCE apresentou denúncia contra os envolvidos pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva majorada, extorsão qualificada e facilitação do tráfico de drogas.

Investigações

As apurações tiveram início no fim de 2022, a partir de denúncias anônimas recebidas pelo Gaeco. Os relatos indicavam a existência de um esquema ilícito envolvendo policiais militares que atuavam nos bairros Paupina e Coaçu.

De acordo com as investigações, os agentes recebiam propina de traficantes locais para permitir a comercialização livre de drogas na região, além de avisarem previamente sobre ações de repressão policial. Segundo o coordenador do Gaeco, Adriano Saraiva, os crimes eram praticados durante o exercício da função pública, com uso de viaturas, fardamento e acesso aos sistemas policiais. “Era um verdadeiro consórcio do crime”, definiu.

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