Ainda em 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a disponibilizar dois tratamentos hormonais para mulheres diagnosticadas com endometriose: o dispositivo intrauterino com levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel em comprimidos. De acordo com o Ministério da Saúde, os estados terão até 180 dias para viabilizar a oferta dos medicamentos.
Para o ginecologista e professor da Universidade Federal do Ceará, Dr. Leonardo Bezerra, a medida representa um avanço na assistência à saúde feminina. “O acesso gratuito a métodos eficazes pode mudar o curso da endometriose para muitas mulheres, especialmente aquelas que sofrem com dores crônicas e infertilidade e não têm acesso fácil a tratamentos de alto custo”, explicou.

Estima-se que aproximadamente 7 milhões de brasileiras convivam com a endometriose, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A condição provoca dores pélvicas severas, menstruação intensa e pode comprometer a fertilidade.
Métodos
O DIU-LNG é um dispositivo intrauterino que libera doses controladas de hormônio diretamente no útero, ajudando a reduzir a dor. Já o desogestrel, em forma de pílula anticoncepcional, inibe a ovulação e regula a atividade endometrial. Ambos os métodos serão prescritos por ginecologistas da rede pública, com acompanhamento médico contínuo.
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