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Suspeito de matar comerciante em Fortaleza é denunciado pelo MP

O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou, nesta quinta-feira (05/12), Alan Gomes da Silva, de 21 anos, pelo assassinato do comerciante Pedro Feijó de Albuquerque, de 62 anos. O crime, ocorrido no último 11 de outubro no bairro Pirambu, em Fortaleza, foi registrado por câmeras de vigilância, que mostraram Alan como um dos dois homens que dispararam contra a vítima. O segundo autor do crime ainda não foi identificado.

A denúncia aponta que a motivação do homicídio foi “torpe”, caracterizando uma execução com a intenção de aplicar a “pena de morte” a alguém considerado inimigo de determinada facção. Embora a razão exata para o assassinato de Pedro não tenha sido totalmente esclarecida, depoimentos colhidos pela 8ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sugerem que o comerciante havia se envolvido em algumas situações conflitantes com os membros do grupo criminoso.

Em 1º de fevereiro de 2024, membros da facção teriam pressionado comerciantes do Grande Pirambu a fecharem seus estabelecimentos em sinal de luto pela morte de Fábio de Almeida Maia, conhecido como “Biu” ou “Tartaruga”, que morreu em confronto com a polícia no Rio de Janeiro. Pedro Feijó, inicialmente, resistiu ao fechamento do seu comércio, sendo ameaçado e até alvo de disparos na frente do estabelecimento. Um segundo episódio ocorreu em setembro, quando uma mulher foi morta durante um despejo no bairro Carlito Pamplona. Ela era prima de Alan Gomes da Silva, o principal suspeito.

Suspeito de matar comerciante em Fortaleza é denunciado pelo MP
Foto: Reprodução

Além disso, Pedro tinha um bom relacionamento com policiais militares, o que pode ter aumentado o conflito entre ele e os criminosos. De acordo com testemunhas, PMs frequentavam o mercadinho de Pedro constantemente e até consumiam alimentos sem custo. Há também relatos de que os membros do grupo criminoso teriam tentado forçar a vítima a remover as câmeras de segurança do local.

Outra teoria sobre o motivo do crime sugere que a vítima teria demonstrado apoio político a um candidato que não era alinhado à facção criminosa. No entanto, um familiar de Pedro contestou essa versão, afirmando que ele nunca usou adesivos ou propagandas políticas, preferindo expressar suas opiniões apenas para pessoas próximas.

Alan Gomes foi preso no início de novembro, quando estava trafegando em um veículo roubado. Durante o interrogatório, ele negou envolvimento no assassinato de Pedro, afirmando que sequer sabia sobre o crime e também que não fazia parte da facção. A denúncia foi encaminhada à 3ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, que ainda decidirá se aceita a acusação.

Vale destacar que, horas antes da morte de Pedro Feijó, o ex-policial militar José Sebastião Ribamar Guimarães foi assassinado no mesmo bairro, com suspeitas de que a facção criminosa também tenha sido responsável pelo homicídio. Até o momento, nenhum suspeito foi preso em relação a esse crime.

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