Na corrida para o Planalto, o senador Tasso Jereissati (PSDB) sinalizou aceitar ser vice de Simone Tebet (MDB). De acordo com o portal Estadão, o tucano “demonstrou estar engajado em oferecer alternativa à polarização” entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Vale ressaltar que outros três partidos do autodenominado “centro” (MDB, PSDB e Cidadania) devem caminhar juntos com uma candidatura alternativa ao cargo de presidente da República.
O acerto sobre a candidatura de Tebet foi costurado nesta quarta-feira (08/06), em reunião realizada no gabinete do senador cearense. Além de Tasso, os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, do MDB, Baleia Rossi, do Cidadania, Roberto Freire, o líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), e o secretário-geral do PSDB, deputado Beto Pereira (MS), também participaram da reunião que sacramentou o acordo.
Será a primeira vez desde 1989 que o PSDB não terá um representante na cabeça de uma chapa na corrida presidencial. Para apoiar a candidatura de Simone Tebet ao Palácio do Planalto, o PSDB exigiu ao MDB a adesão à candidatura de Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul.
A construção de uma chapa da terceira via foi marcada por vários atritos internos. O PSDB havia escolhido em novembro do ano passado o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) como pré-candidato a presidente. No entanto, o paulista foi forçado a desistir da empreitada em maio após pressão da cúpula do partido. A avaliação é que os altos índices de rejeição de Doria atrapalhariam o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta a reeleição neste ano.
Tasso possui uma quantidade considerável de votos no estado do Ceará e, caso aceite ser vice de Tebet, o ex-governador cearense pode prejudicar a candidatura de Ciro Gomes (PDT), tirando votos do pedetista.