Em 2023, o Ceará registrou uma taxa de 80,4% de jovens entre 15 e 29 anos que não estavam envolvidos em atividades educacionais nem no mercado de trabalho, de acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse índice representa cerca de 600 mil jovens que se encontram em situação de desocupação, seja buscando ativamente emprego ou fora da força de trabalho por diferentes motivos.
A nível nacional, o Ceará ocupa a 7ª posição. A liderança fica com Rondônia, que registra 90% de jovens fora da força do trabalho. Em seguida, aparecem Acre (86,1%), Maranhão (85,1%), Mato Grosso (83,7%), Roraima (83,1%) e Pará (81,6%).
Apesar dos números, houve uma redução em relação ao ano anterior, quando 672 mil jovens estavam nessa mesma condição. A diminuição foi de aproximadamente 10,72%. Esses dados fazem parte da pesquisa Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024, divulgada pelo IBGE.
Entre os jovens fora da força de trabalho no Ceará, cerca de 482,1 mil pertencem à faixa etária de 25 a 29 anos, sendo este o grupo com a maior taxa de desistência de procurar emprego. Em seguida, estão os jovens de 18 a 24 anos. Embora a desistência de procurar trabalho seja alta entre os jovens de 15 a 17 anos, com uma taxa de 94,8%, especialistas apontam que a presença desse grupo no mercado de trabalho não é saudável. Isso se dá pela inadequação dessa inserção precoce no mercado.
Especialistas defendem que o ideal é que os jovens de até 18 anos devem estar dedicados ao ambiente escolar e não ao mercado de trabalho. Outro ponto levantado é que a prevenção da evasão escolar deve começar nas séries iniciais ao invés de esperar pelo ensino médio.
Entre os 600 mil jovens sem ocupação, cerca de 117.600 estão classificados como desocupados, ou seja, estão em busca ativa de trabalho, mas ainda não conseguiram encontrar uma vaga. Já os demais, que nem buscam emprego nem trabalham, são considerados fora da força de trabalho. Para esses jovens, a situação pode ser motivada por diversos fatores, como falta de motivação, problemas de saúde, dedicação à família ou o foco nos estudos.
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