Em 2023, o Brasil observou um crescimento de 4,5% no número de novos casos de HIV, em comparação com o ano anterior. Porém, o número de mortes por Aids teve uma redução, registrando a menor taxa dos últimos dez anos: 10.338 óbitos, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde.
Ao todo, o Brasil registrou 38 mil novos casos de HIV no ano passado, sendo a Região Norte a que teve a maior taxa de detecção, com 26%, seguida pela Região Sul, com 25%. A maioria dos casos foi diagnosticada em homens, totalizando cerca de 27 mil, e a faixa etária mais afetada foi a de 25 a 29 anos.
Segundo o Ministério da Saúde aponta que o aumento no número de diagnósticos de HIV está diretamente relacionado à ampliação da distribuição da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento preventivo contra o HIV. Como a PrEP só pode ser iniciada após o teste de HIV, muitos indivíduos que desconheciam sua condição passaram a ser diagnosticados e, em seguida, incluídos nos tratamentos com antirretrovirais.
No ano passado, o número de usuários em tratamento com a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) subiu para 109 mil, um aumento em relação aos 50,7 mil registrados em 2022. A PrEP é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é uma das principais estratégias para evitar a infecção pelo HIV.
Nesse cenário, o Brasil está progredindo em relação às metas globais estabelecidas pela ONU para o combate ao HIV. A meta estipula que 95% das pessoas vivendo com o HIV sejam diagnosticadas, 95% recebam tratamento antirretroviral e que 95% dos pacientes em tratamento apresentem carga viral indetectável. Atualmente, o Brasil alcançou índices de 96% para diagnóstico, 82% para tratamento e 95% de supressão viral, conforme dados do Ministério da Saúde.
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