Foto: Divulgação/Reprodução da Internet
Um total de 21 tremores de terra foi registrado em municípios do Ceará, entre os meses de janeiro e maio deste ano. Todos com magnitudes entre 1.5 mR e 2.4 mR na escala Richter, consideradas baixas. Os cálculos representam 17% dos 122 episódios vividos na Região Nordeste.
Em 2024, de cada seis terremotos ocorridos, um aconteceu em solo cearense. O fato deixou o Ceará como o segundo da região a ter mais ocorrências de tremores de terra. O estado ficou atrás somente da Bahia, que foi alvo de mais da metade de todos eles. Já em terceiro lugar ficou Alagoas. E o único estado nordestino que ainda não registrou abalos sísmicos neste ano foi o Maranhão.
Os eventos sísmicos que têm ocorrido nos últimos tempos, no Nordeste, foram registrados de maio de 2020 a maio de 2024. Os dados estão nos boletins mensais do Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
“Diversas falhas sismogênicas — que proporcionam eventos sísmicos — já foram mapeadas no Ceará, assim como em outros estados do Nordeste e do Brasil” foi o que informou o coordenador do LabSis, professor Aderson Nascimento. Ele comentou ainda em entrevista à imprensa, que o evento sísmico é uma forma de a Terra responder a um acúmulo de energia.
Saiba porque o Ceará registra terremotos:
Todos os anos são registrados centenas de pequenos tremores de terra, em maior ou menor intensidade, ao contrário da crença comum de que não ocorrem terremotos no Brasil. A presença de falhas geológicas no território nacional, com destaque para o Nordeste, é registrada porque o País fica no centro da placa tectônica, em uma região considerada “tectonicamente estável”.
Um informe de 2023 da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais aponta que: “mesmo sendo relativamente menores em termos de quantidade e magnitude na escala Richter, quando comparados aos terremotos em regiões de limites de placa, a ocorrência e a distribuição espacial desses abalos sísmicos em território brasileiro são bastante relevantes e dizem muito sobre a geologia da porção brasileira da placa tectônica Sul-Americana.”