O Governo Federal formalizou nesta quinta-feira (28/11) um aporte adicional de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia Transnordestina, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Esse recurso, administrado pela Sudene e operacionalizado pelo Banco do Nordeste (BNB), é essencial para a conclusão de trechos estratégicos do projeto, como os que ligam Missão Velha (CE) ao Porto do Pecém (CE) e Eliseu Martins (PI) a Trindade (PE).
A Transnordestina, considerada a maior obra logística do Nordeste, está incluída no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Operada pela Transnordestina Logística (TLSA), a ferrovia terá parte de seus trechos em funcionamento até 2026. Ela atenderá 53 municípios nos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, conectando polos produtivos a importantes portos da região.
A abrangência da obra é ampla: sua área de influência alcança 1.008 municípios em um raio de até 300 km, nos nove estados nordestinos, abrangendo uma economia regional que movimenta cerca de R$ 509 bilhões, conforme estimativa da Federação das Indústrias do Ceará. A infraestrutura facilitará o transporte de grãos, combustíveis, minérios e fertilizantes, fortalecendo cadeias produtivas locais e ampliando a integração do Nordeste ao mercado nacional e internacional.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, enfatizou o impacto social e econômico do projeto. Segundo ele, o aporte deve gerar cerca de 8 mil novos empregos diretos. “Certamente, a maior obra é gerar emprego e renda, promovendo inclusão, integração, desenvolvimento e, sobretudo, combatendo a desigualdade”, declarou.
Desde o início das obras, a Transnordestina já recebeu R$ 7,5 bilhões em investimentos, sendo R$ 3,8 bilhões oriundos do FDNE. Para concluir o projeto, estima-se um investimento adicional de R$ 7 bilhões a serem obtidos por instituições financeiras e pela concessionária responsável.
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