Durante a aplicação das provas do concurso da Polícia Civil do Ceará (PCCE), no último domingo (03), em Fortaleza, quatro pessoas foram detidas sob suspeita de tentativa de fraude. Entre os presos, três são naturais de Juazeiro do Norte. Os envolvidos foram identificados como um médico e sua esposa, que é enfermeira, um advogado e um trabalhador autônomo. Eles foram enquadrados por tentativa de crime contra a fé pública.
O primeiro suspeito a ser descoberto foi o autônomo, que fazia a prova na Universidade Estadual do Ceará (Uece). A equipe de inteligência recebeu uma denúncia que levou à sua verificação. Durante a revista, foi constatado que o lacre do envelope para guardar os pertences estava rompido, e o candidato portava dois celulares com o aplicativo WhatsApp aberto.
A enfermeira, por sua vez, fazia a prova no Instituto Federal de Educação (IFCE). Em sua sacola plástica, escondido entre batatas fora da embalagem, foi encontrado um dispositivo eletrônico transmissor. Ela também usava um ponto eletrônico no ouvido.
O advogado foi preso após o término da prova, quando policiais localizaram um chip jogado ao lado de sua cadeira. Antes disso, fiscais haviam ouvido um ruído estranho próximo a ele, mas não identificaram imediatamente a fonte. Ele ainda portava um papel com dados de uma chave Pix. Em depoimento, admitiu que pretendia enviar questões da prova a uma pessoa que, por sua vez, lhe passaria as respostas.
O médico, por fim, foi abordado dentro de um carro que circulava próximo aos locais de prova. Ele negou envolvimento, mas a polícia descobriu que a chave Pix em posse do advogado estava em seu nome. Além disso, o celular do advogado registrava chamadas vindas de um número pertencente ao médico.
