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UFC se posiciona sobre cotistas que tiveram documentação negada

Na última semana, alunos cotistas aprovados na Universidade Federal do Ceará (UFC) relataram ter tido algumas documentações negadas e alegaram falta de transparência da instituição sobre o motivo do indeferimento. Diante dessa situação, os estudantes não conseguiram prosseguir com o processo de matrícula e, consequentemente, perderam a vaga.

Em um caso específico, um aluno declara que teve sua inscrição aprovada na modalidade de cota L6, que abrange alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas, independente da renda, autodeclarados negros pretos, negros pardos ou indígenas. No entanto, seu vídeo de heteroidentificação foi negado sem justificativa alguma.

Através de nota, a UFC se pronunciou sobre os casos e afirmou que todo o processo é analisado com base no edital vigente daquele ano. Dessa forma, negando falta transparência sobre as fases da matrícula, a instituição informou que os candidatos puderam acompanhar todas as análises através do Portal do Candidato e, quando necessário, foram informados do prazo para regularização de documentos com as devidas justificativas.

UFC se posiciona sobre cotistas que tiveram documentação negada
Foto: Reprodução

“O edital garante a estes candidatos e a todos os demais, caso indeferidos, o contraditório e a ampla defesa, com todos os prazos e procedimentos para recurso administrativo divulgados no site do SISU na UFC. A fim de cumprir o princípio da Publicidade, conforme previsto, os resultados dos procedimentos e também dos recursos administrativos interpostos foram publicados no site do SISU na UFC. Dada a natureza sensível das informações, a motivação do indeferimento foi informada apenas de forma individual”, diz um trecho da nota.

No caso do vídeo de autodeclaração, a UFC declarou que a comissão faz a análise com base no critério fenotípico, conforme observado no vídeo enviado pelo candidato. De acordo com o pronunciamento institucional, quando o material não é validado o candidato é avisado pelo Portal que será convocado para o procedimento presencial de heteroidentificação complementar à autodeclaração.

Quando questionada sobre a recusa do candidato, que é filho de mãe parda e pai negro, a Universidade reforçou que podem não ter o vídeo validado e serem encaminhados para o procedimento presencial os candidatos que não enviaram o vídeo, enviaram em desacordo com as orientações do edital ou aqueles em que o vídeo não permitiu a análise fenotípica. A UFC informou ainda que a comissão avaliadora é composta por membros designados que realizam capacitação específica, que inclui temas sobre a promoção da igualdade racial e do enfrentamento ao racismo e a aferição de fenótipos.

Apesar do posicionamento da instituição, os cotistas que foram prejudicados nesta etapa continuam exigindo uma resposta concreta para o ocorrido. Segundo os candidatos, o pedido de recurso não foi atendido da devida maneira e também foi recusado.

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