A aliança entre União Brasil e Progressistas (PP) foi oficializada nesta terça-feira (29/04). A Federação União Progressista, que já estreia como a maior força da Câmara dos Deputados, conta com 109 parlamentares. A federação também figura como a segunda maior bancada no Senado, com 14 senadores.
Além da força no Congresso, o grupo reúne cerca de 1.400 prefeitos e 12 mil vereadores espalhados por todas as regiões do Brasil, além de seis governadores. A estrutura, pensada para atuar como uma única legenda, segue o modelo de federações partidárias aprovado pelo Congresso em 2021, que exige união formal por pelo menos quatro anos.
No quesito valores, a federação concentra R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral, a maior fatia da distribuição e R$ 67 milhões a mais do que o segundo colocado, o PL. Em relação a fundo partidário, são R$ 197,6 milhões, o maior volume de recursos, superando o PL. Os números são referentes a 2024.
A cerimônia de lançamento, realizada em Brasília, contou com a presença de nomes influentes da direita, como os senadores Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho (PL-RJ), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também participaram do evento.
Liderança compartilhada
A federação será comandada por uma gestão conjunta, formada pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e pelo senador Ciro Nogueira, que preside o Progressistas. A ideia, segundo Rueda, é garantir “mais harmonia” entre as siglas nesta fase inicial. Uma nova diretoria será eleita em janeiro de 2026.
Inicialmente, Arthur Lira (PP-AL), atual líder da Câmara, teria sido cogitado para a liderança do grupo. No entanto, Rueda e Nogueira foram os escolhidos para dar início ao rodízio.
Eleições 2026
Mais do que reorganizar forças no Legislativo, a nova federação também se posiciona para a disputa presidencial de 2026. Pelo União, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já anunciou sua pré-candidatura ao Planalto. No Progressistas, o nome da senadora Tereza Cristina vem ganhando força como possível candidata.
Durante entrevista à imprensa, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União, ACM Neto, reforçou o tom de independência em relação ao governo atual e defendeu que a federação terá um projeto próprio. “Tudo isso vai ser discutido na hora certa, que é 2026. Até lá, liberdade, apoio e suporte para cada um tocar o seu projeto e crescer”, comentou.
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