A futura unidade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) planejada para o estado do Ceará oferecerá uma gama de cursos, incluindo aqueles focados em estudos sobre energia. O ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, afirmaram que a unidade cearense seguirá o mesmo padrão de excelência da unidade principal em São Paulo.
Múcio e Damasceno visitaram a Base Aérea de Fortaleza na sexta-feira (1º), local escolhido pelo governo federal para a instalação da nova unidade do instituto, que forma anualmente 150 engenheiros.
A decisão de estabelecer uma unidade no Ceará é resultado do fato de que 40% dos aprovados no ITA são naturalmente cearenses. “Estamos determinados a comunicar ao presidente da República que, nos próximos 20 dias, na data de sua escolha, assinaremos o protocolo de intenções. Este é um projeto inabalável e uma contribuição bem merecida para o Ceará devido aos investimentos significativos na área educacional”, declarou o ministro.
“Além disso, representa um presente para a região Nordeste do Brasil. Estamos mudando o cenário de oportunidades para futuros cientistas que nascem aqui. Eles não precisarão mais sonhar em se deslocar para o Sul do país; poderão permanecer no Ceará, pois aqui a educação tem sido valorizada. O Ceará e toda a região nordestina colherão os frutos desse empreendimento”, acrescentou.
Próximos passos O ministro José Múcio explicou que o projeto está em estágio avançado e falta muito pouco para sua implementação. Ele enfatizou a necessidade de manter a área da Base Aérea onde o novo ITA funcionará e fazer ajustes nos alojamentos.
“Queremos garantir que o ITA do Ceará mantenha os mesmos padrões de qualidade de São Paulo”, enfatizou o ministro.
O comandante Damasceno acrescentou que os próximos passos incluem “a elaboração de um levantamento de necessidades e um projeto básico”, levando em consideração que “o ITA mantém um padrão de qualidade único”.
A previsão é que o projeto básico seja concluído até 4 de outubro, seguido pela fase física, que envolve a construção das instalações, e depois pela parte intangível, que abrange a contratação de professores e a definição dos cursos a serem oferecidos.
Inicialmente, a intenção é oferecer cursos semelhantes aos já ministrados no ITA de São Paulo, com planos de expandir para outros campos no futuro. O comandante mencionou a possibilidade de um curso de energia, dado o potencial do Ceará e os empreendimentos na geração de energia eólica e produção de hidrogênio verde a partir dessas fontes no estado.
Fonte: Agência Brasil