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Vai começar a nossa melhor mercadoria

Foto: Pedro Chaves / FCF

 

É retórica, mas quando se diz que o Campeonato Cearense é a nossa melhor mercadoria é o sentido afetivo que o torcedor local tem com esta competição.

No interior, o torcedor adota o time de sua cidade, ou da Região, na capital a tradicional rivalidade, saudável, entre Fortaleza e Ceará fortalecida pelo cenário nacional, pelas competições que disputaram por passarem, juntos, quatro anos na Série A.

Em 2023, o Fortaleza vai buscar o inédito pentacampeonato. Mas vai dividir as atenções do Cearense com a Copa do Nordeste e a fase preliminar da Libertadores. O Ceará quer tirar a sequência de títulos estaduais do rival e, certamente, o título do Campeonato Cearense vai amenizar os efeitos de uma temporada desastrosa em 2022. O Ceará vai dividir as atenções entre o Campeonato Cearense, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil

Para os clubes do interior e os de menor expressão,  a oportunidade de revelar jogadores, de se mostrarem no mercado. Para Pacajus, Iguatu, Ferroviário, Caucaia e Atlético Cearense a oportunidade de observar o mercado e montar suas equipes para a disputa da Série D. Ferroviário, Caucaia e Iguatu ainda tem a Copa do Brasil neste início de temporada.

Em 2022, o Caucaia chegou a final e o Iguatu tirou o Ceará em que pese um regulamento em um novo formato. O regulamento de 2023 parece deixar o campeonato mais competitivo e pode fazer com que uma equipe do interior, mais bem preparada, surpreenda. A ponto de se chegar uma final ou ao título? Esta resposta somente com a bola rolando, mas a experiência de 2022 deixa o recado de que os grandes, apesar do peso da camisa e do favoritismo, não podem jogar o Cearense sem compromisso.

E você já sabe. Neste sábado (14), tem bola rolando nas redes da ANC e no dial das emissoras parceiras. A Rede ANC transmite Fortaleza e Iguatu. No domingo (15), o Vozão entra em campo. Vai a Juazeiro do Norte, para enfrentar o Guarani, o Leão do Mercado do Pirajá e você também confere tudo aqui.

Fortaleza favorito

O Fortaleza inciou bem a pré-temporada. Foi ao mercado, emprestou jogadores que não foram tão bem em 2022, alguns dispensou e iniciou 2023 pensando grande.

Está montando um elenco com um claro objetivo: chegar a fase de grupos da Libertadores. O mais recente contratado: o atacante Martin Lucero, vindo do Colo-Colo, que chega com pinta de candidato a titular e a ídolo.

Foto: Matheus Amorim / Fortaleza EC

 

O Leão vai jogar a competição internacional em paralelo com o Cearense, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. É favorito no Estadual e na Copa do Nordeste, pode chegar longo na Copa do Brasil e na Libertadores, se chegar a fase de grupos, provou tem condições de ir longe. Caso não chegue à fase de grupos, a classificação para a Sul-Americana não seria ruim.

É mais uma temporada cheia na qual o Fortaleza tem objetivos claros e plausíveis e está trabalhando para conquistar cada um deles.

Uma novela chata e com um final sem graça

Foto: Yuri Cortez / AFP

O título do Folhetim seria: a saída de Vina. Mas os episódios, o final e o seu desenrolar não teve a menor graça.

Terminou 2022 e o Ceará amargou eliminações, algumas traumáticas, como a do Campeonato Cearense e a da Copa do Nordeste, e o rebaixamento para a Série B.

Elenco sendo reformulado dentro de uma nova realidade, mas o meia Vina, ídolo da torcida até 2021, com contrato em vigência com o Ceará retorna aos treinos com o elenco, normalmente. Nada de errado nem de se admirar.

Os bastidores dão conta de que havia interesse de clubes da Série A no jogador, que fica no Ceará, mas pelo que se sabe com um salário distante de uma realidade de Série B. Clubes interessados: Vasco, Grêmio e Fluminense.

No Vasco, apenas especulação. A coluna apurou que o nome do atleta chegou a ser lembrado, mas nenhum interesse oficial foi manifestado em tê-lo no elenco. Grêmio também chegou a especular uma possível ida do meia, nada de concreto, pelo menos até agora, embora ele tenha sido elogiado pelo técnico Renato Gaúcho.

No Fluminense, interesse confirmado, simpatia do técnico Fernando Diniz mas este não decide só e ao ouvir a opinião dos outros membros da comissão técnica e da Diretoria não houve consenso: Vina fica no Ceará.

Difícil saber os motivos pelos quais Vina não despertou interesse em equipes da elite, até porque não se entrou nos bastidores dos clubes que, poderiam querer o atleta. Entretanto, vendo a temporada que ele fez em 2022 a resposta pode aparecer.

Vina chegou ao Ceará em 2020 depois de ter feito uma boa temporada no ano anterior, pelo Bahia.

Em 2022, Vina passou longe de ser o que a torcida esperava dele. Não fez a diferença e quando mais o Ceará precisou do seu futebol foi inconsequente com expulsões por reclamação e pouco rendimento em campo. A torcida, que antes o amava, agora cobrava uma postura diferente.

Ainda que legítimo o desejo de sair do Ceará a atuação em 2022 certamente pesou para que um negócio em uma equipe da Série A não se concretizasse.

Vina se apresentou, está com o elenco na pré-temporada e deve estrear domingo, contra o Guarani de Juazeiro. Ao que parece deve permanecer para cumprir o contrato que tem com o Ceará.

Ele tem bola e tem capacidade de fazer um diferencial em campo, resta saber se aprendeu a lição do passado e vai resolver jogar pelo time e dar a volta por cima. Possível é.

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