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Vaiada no Congresso durante mensagem do Executivo, Dilma pede determinação perante dificuldades

mi_12040483627513451Após ter sido vaiada por seis vezes durante a leitura da mensagem do Executivo no Congresso, a presidente Dilma Rousseff afirmou nessa terça-feira (2) que é preciso ter “esperança” e “determinação” diante das dificuldades e que era sua “absoluta obrigação estar aqui”.

Dilma decidiu ir pessoalmente fazer a leitura da mensagem do Poder Executivo na reabertura dos trabalhos do Congresso -tarefa que, usualmente, era entregue ao ministro-chefe da Casa Civil. É a primeira vez que ela, no posto mais alto da República, desempenha a tarefa.
Diante da crise política e da retomada da discussão sobre seu impeachment, Dilma decidiu interromper a tradição dos últimos anos e escrever um texto na primeira pessoa, em um aceno à base aliada e também à oposição.

“É essa determinação e é essa esperança que acho que nós temos que ter diante das dificuldades”, disse a presidente. “Achei ótima a receptividade. Tinha absoluta obrigação de estar aqui”, completou. Enquanto dizia que o imposto seria “temporário” e “transitório”, Dilma foi vaiada em três ocasiões e afirmou que essa era uma medida “em favor do Brasil”.

Reação
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que as vaias durante a fala de Dilma “são do dia a dia do Congresso” e que os protestos não mudam a dinâmica entre Executivo e Legislativo.
Questionado se o governo não viu as manifestações como um indício de que a aprovação da CPMF pode não ser possível, o ministro afirmou ter “confiança” de que o imposto será aprovado e que o Palácio do Planalto “sabe que há oposição”. “Não muda nada”, declarou.
A presidente falou várias vezes em “parceria” com o Congresso para ajudar o país superar a crise e disse que era preciso “mirar no futuro” e “não no período do meu governo”.

Novos impostos
Senadores da oposição avaliaram que a mensagem do Executivo não sensibilizou os parlamentares a fim de garantir seus apoios para a aprovação de propostas polêmicas, como a CPMF. “O que ela fez foi um verdadeiro anúncio de novos impostos. Não sensibilizou ninguém e nem ajudou a criar um clima mais favorável. Ficou claro que veio mais por conveniência”, avaliou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Dilma foi ao Congresso em “busca de uma cena”. “O que vimos hoje no Congresso foi uma presidente da República muito mais em busca de uma fotografia do que de um resgate de sua própria credibilidade”, disse.

“E, aqui, ela pode perceber o sentimento de boa parte do Congresso Nacional de repulsa à mentira, às promessas vazias e ao aumento da carga tributária. O PSDB, em especial, estará vigilante para impedir que o aumento de carga tributária aprofunde ainda mais a recessão na qual o governo da presidente Dilma e do PT mergulhou o país”, completou Aécio.

O.E.

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