Varejo físico segue como preferência dos brasileiros, aponta estudo

Apesar do crescimento das compras online, o varejo físico continua firme no Brasil, especialmente no setor alimentar. Segundo o estudo “Consumo em Tempos de Inflação e Repriorização”, realizado pela Neogrid em parceria com o Opinion Box, 64,3% dos consumidores ainda preferem comprar exclusivamente em lojas físicas.

O levantamento aponta que strip malls – centros comerciais que combinam alimentação, lazer, saúde e conveniência em um só local – têm se consolidado como opção preferida para resolver múltiplas demandas em uma única visita. A proximidade com a residência e a oferta de serviços variados são fatores decisivos para a preferência.

“Notamos que os clientes que têm o hábito de comprar em strip malls priorizam a resolução de várias demandas no mesmo endereço, geralmente no caminho para casa”, afirma Marcos Saad, sócio-fundador da MEC Malls, empresa especializada na gestão desses centros.

Outra mudança identificada pelo estudo é a frequência das compras. Atualmente, os consumidores realizam compras de forma mais semanal do que mensal, e apenas 12% concentram todas as compras em uma única vez por mês.

“Pequenas compras em centros comerciais de bairro, como os strip malls, são hábitos cada vez mais presentes na rotina do consumidor, que resolve pequenas demandas no dia a dia em um só lugar ou compra produtos de forma pontual, sem fazer uma compra pensada no mês”, destaca Mario Thurler, também sócio-fundador da MEC Malls.

Para os lojistas, entender essas tendências é fundamental para planejar estratégias de vendas, ajustar o mix de produtos e equilibrar preços e promoções. A pesquisa ainda revela que 31,4% dos consumidores adotam um modelo híbrido, alternando entre compras físicas e online.

“Conversamos muito com nossos lojistas sobre a necessidade de compreender o comportamento do cliente, como ele realiza suas compras e com que frequência frequenta o estabelecimento. Essas informações ajudam a ajustar sortimento, preços e promoções, aumentando a relevância das lojas”, conclui Saad, que também preside o Conselho da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).