
A confusão que protagonizou a reabertura dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza ainda reverbera mesmo após o dia 1º de fevereiro. A vereadora Enfermeira Ana Paulo afirmou que chegou a adoecer diante de perseguições sofridas na Casa de Leis e também por parte do prefeito Sarto Nogueira (PDT).
De acordo com a parlamentar, há uma série de preconceitos pelo fato de haver a presença feminina na política da capital cearense. Por ser uma das figuras da oposição, Ana Paula revela que é constantemente perseguida por razões que ela não sabe descrever.
“Fazem reuniões aqui sem a minha presença e eles me tratam nos corredores como se eu fosse louca ou destemperadas. Se fosse qualquer outro vereador homem as coisas não teriam ficado dessa forma”, destacou.
Segundo Enfermeira Ana Paula, o fato de a parlamentar ter se posicionado contra determinadas propostas de Sarto incomodou o gestor e a transformou em uma adversária política. “Fui contra a Taxa do Lixo e a Reforma da Previdência que Sarto enviou para essa casa. Isso me rendeu uma série de perseguições. Eu passei dois meses afastadas porque a Câmara Municipal me adoeceu”, revelou.
Histórico
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A quinta-feira (01/02) que deveria ser marcada pelo retorno dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza ficou registrada como um momento turbulento entre os vereadores. Relatos de manifestos, agressões físicas e verbais envolveram alguns parlamentares na primeira sessão legislativa de 2024.
As confusões foram iniciadas no momento em que o prefeito da capital, Sarto Nogueira (PDT), discursava na tribuna da Casa de Leis. Nesta ocasião, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde levantaram um movimento, com cartazes e palavras de ordem, para realizar cobranças da categoria ao gestor.
Ainda no discurso de Sarto, a vereadora Enfermeira Ana Paula, representante da categoria, se dirigiu à Tribuna para reforçar as cobranças ao gestor. Na tentativa de apaziguar os ânimos, a vereadora foi convidada pelo presidente da Câmara, Gardel Rolim, a voltar ao seu espaço para que o prefeito desse continuidade ao discurso.
De acordo com a vereadora Cláudia Gomes, que também tentou acalmar a situação, Ana Paula a agrediu com um tapa no rosto, momento que potencializou o clima de tensão na Câmara Municipal.
Em depoimento concedido à imprensa local, Cláudia Gomes afirmou que foi preciso um reforço de outros presentes na sessão para afastar Ana Paula do ponto de confusão.