
A Câmara Municipal do Crato aprovou, nesta terça-feira (22), um projeto de lei que proíbe o cultivo do nim indiano em áreas públicas e privadas da cidade. A proposta, apresentada pelo vereador Luís Carlos Saraiva (PT), teve aprovação unânime e agora aguarda sanção do prefeito. A planta, originária da Ásia, tem sido considerada uma ameaça à vegetação nativa da região.
De acordo com o projeto, o nim é classificado como uma espécie exótica invasora, que pode comprometer o desenvolvimento de árvores nativas ao competir por espaço e recursos naturais. A nova lei estabelece que, em caso de descumprimento, os responsáveis serão notificados para remover a árvore e, se houver resistência, estarão sujeitos a uma multa de R$ 500 por unidade plantada.
Além da proibição, o texto também incentiva a substituição das espécies invasoras por árvores da flora local, como juazeiro, ipê e catingueira. Para isso, o município poderá utilizar mudas de viveiros públicos e promover campanhas de distribuição à população, visando recuperar áreas afetadas e fortalecer o ecossistema regional.
A decisão do Crato acompanha iniciativas semelhantes já adotadas por cidades vizinhas, como Brejo Santo e Mauriti, que também optaram por restringir o plantio do nim indiano. A medida tem sido vista como um avanço por ambientalistas e especialistas em conservação, que alertam para os riscos da introdução descontrolada de espécies não nativas.