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Violência contra idosos: Ceará registra 744 denúncias em 2025

744 denúncias e 1.767 violações contra idosos
Foto: Reproduçao

O estado do Ceará registrou 744 denúncias e 1.767 violações contra idosos pelo Disque 100, entre os meses de janeiro e maio deste ano, com uma média de 148 denúncias por mês. O número é 55,5% menor do que no mesmo período de 2024.

Os dados são do Observatório de Indicadores Sociais da Secretaria de Direitos Humanos do Ceará (OiSol/Sedih) e a diminuição é referente às denúncias, que podem incluir mais de um tipo de violação de direitos. 

Negligência, violência psicológica e violência patrimonial com as violações com maior números de denúncias.

Em 2024, o Estado registrou 1.672 denúncias e 3.826 violações. Quando se faz um comparativo com os dados do ano de 2023, também entre janeiro e junho, o Ceará registrou 1.285 denúncias e 3.313 violações, 43% a menos do que em 2025.

Denúncias de violência contra idosos em 2025 

  • Janeiro: 308
  • Fevereiro: 302
  • Março: 196
  • Abril:11
  • Maio: 3

Em Fortaleza, até abril deste ano, as unidades do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) realizaram o acompanhamento socioassistencial com 355 idosos vítimas de violência. Os dados foram repassados pela Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS).

Entre os casos comprovados e atendidos pelos Creas no ano passado, as ocorrências com maior registro foram por negligência ou abandono, com 123 casos; violência intrafamiliar – física, psicológica ou sexual, com 67 casos; ou de pessoas idosas com algum tipo de deficiência vítimas de violência familiar, com 34 casos.

As ocorrências de violações de direitos foram atendidas pelas equipes do Serviço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), realizado pelos seis Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).

Como é realizado o tratamento dos casos após a denúncia pelo Disque 100

Após o recebimento das denúncias, a Secretaria dos Direitos Humanos segue trâmites específicos para cada atendimento. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos do Ceará (OiSol/Sedih), assim que a coordenadoria responsável recebe a informação, a pessoa idosa é acolhida e passa por um processo de escuta no Centro de Referência em Direitos Humanos. Depois, a denúncia deve ser cadastrada e encaminhada para os órgãos da rede de proteção de acordo com a sua natureza.

“Há uma priorização de acordo com o grau da violência. Situações de completo abandono, negligência, falta de recursos ou benefício são consideradas urgentes e precisam ser vistas de imediato”, ressalta Vyna Leite, coordenadora de políticas públicas para pessoas idosas da Sedih.

A rede de proteção inclui a Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) com o núcleo de enfrentamento às violências, a Defensoria Pública do Estado (DPCE) e o Conselho Estadual da Pessoa Idosa (CEDI Ceará), especialmente quando a denúncia é referente a uma Instituição de Longa Permanência (ILPI), atuando na fiscalização e elaborando relatórios que são encaminhados ao Ministério Público.

Em Fortaleza, o Escritório de Defesa dos Direitos Humanos (EDDH) recebe denúncias de forma gratuita, anônima e sigilosa por meio do Disque 100 e do número 0800 2850880. Os órgãos públicos que atuam na defesa de direitos são os CREAS, CRAS, Delegacia de Proteção ao Idoso, Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Promotoria do Idoso entre outros.

 

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