A Notícia do Ceará
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Volume dos açudes do Ceará é o melhor nos últimos 12 anos

Contrariando as previsões para a quadra chuvosa, o ano de 2024 teve o melhor ganho de água nos reservatórios do Estado em 15 anos. Segundo o último levantamento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), o aporte já se reflete em 56,9% do volume dos reservatórios preenchidos.

Foi apenas em 2012 quando a última vez que o Ceara teve seus reservatórios acima de  56,9%, quando o volume dos açudes  chegou a 63,1%. Enquanto, um ano depois o nível regrediu par 41,5%, e só voltou a ultrapassar os 50% em 2023.

Estando a nove dias para o fim da quadra chuvosa, observar o volume de água nos açudes é importante para o Estado. Até de abril, todos os meses de 2024 tiveram uma média de chuvas consideradas históricas, e, até o momento, os números preliminares de maio, que são atualizados de maneira diária pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), mostram que o acumulado está abaixo da média histórica em 40,8%, que é de 90,7 milímetros durante este período.

Durante os quatro primeiros meses do ano, o aporte concentrado foi importante para subir o nível de água nos açudes do Estado. Diretor de operações da Cogerh, Tércio Tavares, afirma que que o acumulado médio foi de 754 mm, sendo maior em 22% que o histórico. “As boas chuvas que ainda estão caindo em nosso Estado, neste ano de 2024, têm levado o Ceará a quebrar recordes dia após dia”, disse o Tércio.

O diretor ainda diz que, mesmo com o aporte hídrico histórico e com a garantia de água em quantidade e qualidade para, pelo menos, dois anos, é necessário ter o uso moderado da água. “Temos que garantir esse bem finito não somente para os nossos dias, mas sobretudo para as próximas gerações”, comentou.

De acordo com a Cogerh, 54 açudes do Ceará estavam com a capacidade máxima de armazenamento de água, sendo um deles o Araras, o quarto maior do Estado, localizado no município de Varjota. Além disso, ainda os outros três maiores do Estado, Castanhão, Orós e Banabuiú, que não atingiram o seu limite, mas conseguiram registrar o maior armazenamento em 10 anos, sendo respectivamente, 36,5%, 75,1% e 42,9%.

Seguindo a classificação da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), os reservatórios de Banabuiú e do Castanhão estão na categoria de “alerta”, quando açude está entre 30% e 50% da capacidade., Enquanto ao Orós está classificado como “muito confortável”, quando está acima de 70%.

De todos os reservatórios acompanhados pela 54 estão sangrando, 29 estão com volume acima de 90% e outros 19 são considerados críticos, com volume abaixo de 30%, sendo em pior situação o açude Favelas, em Tauá, com apenas 1,36% de sua capacidade.

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