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WhatsApp e redes sociais lideram vendas entre pequenas e médias empresas

Cerca de dois terços das empresas brasileiras de comércio e serviços utilizam o WhatsApp como o principal canal de vendas, segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Logo atrás, as redes sociais aparecem como preferência para 57% dos empresários, seguidas pelos pontos de venda físicos (47%) e, mais abaixo, pelos sites (12%).

Para alavancar as vendas, 41% dos empresários relatam realizar investimentos em divulgação. Entre as estratégias pagas mais comuns estão os anúncios em redes sociais como Instagram e Facebook (21%), seguidos pela distribuição de panfletos (13%), anúncios no Google (11%) e em marketplaces (4%). Além disso, 4% contratam serviços de agências ou freelancers para desenvolver conteúdos, enquanto outros 4% utilizam e-mail marketing. Em média, o valor mensal aplicado em publicidade é de R$ 880.

Dos entrevistados, 93% destacam dificuldades de crescimento. Entre os maiores entraves apontados, estão a alta carga de impostos (49%), o custo da folha de pagamento (41%), a dificuldade de acesso a crédito (27%) e preocupações com segurança pública, como violência e assaltos (13%).

Os empresários também refletem sobre o balanço financeiro do primeiro semestre de 2024. Enquanto 49% notaram um aumento nas vendas, 42% realizaram investimentos para expansão e 36% conseguiram formar reservas financeiras. No entanto, eles também enfrentaram dificuldades: 43% precisaram fazer cortes orçamentários, 27% enfrentaram meses com contas no vermelho, 18% registraram inadimplência, 14% demitiram funcionários e 4% acabaram com o nome da empresa negativado.

WhatsApp e redes sociais lideram vendas entre pequenas e médias empresas
Foto: Antônio Salaverry/Shutterstock

Ao mesmo tempo, 69% dos gestores empresariais manifestam confiança no crescimento dos negócios nos próximos seis meses. Ainda assim, 19% acreditam que o cenário permanecerá o mesmo e 9% expressam pessimismo. Quando o foco é a economia nacional, 44% acreditam que as condições pioraram, enquanto 27% notam estabilidade e 26% enxergam uma recuperação.

Internamente, 43% dos empresários acreditam que a situação de suas empresas permaneceu inalterada, enquanto 35% notaram uma melhora e 21% apontaram piora. Em relação às perspectivas econômicas, 46% expressam confiança para os próximos seis meses, 27% esperam estabilidade e 22% demonstram pessimismo.

O otimismo entre empresários é sustentado, principalmente, pela dedicação e esforço pessoal (61%), pela qualidade do produto ou serviço na região (40%), pela profissionalização (19%) e pelo crescimento do setor de atuação (18%). Além disso, o levantamento indica que 70% dos empresários realizaram investimentos nos últimos seis meses, principalmente em equipamentos e tecnologia (22%), publicidade digital (22%) e ampliação de estoques (20%).

O mercado de trabalho nas empresas também apresentou estabilidade: 87% dos empresários não fizeram demissões no último trimestre. Entre os 13% que demitiram, a média foi de 1,6 funcionários por empresa.

Acesso ao crédito

Metade dos empresários classifica como difícil ou muito difícil o processo de obtenção de crédito junto a instituições financeiras. Nos próximos três meses, entre os que pretendem tomar crédito, 42% buscam capital de giro, 40% desejam reforçar estoques, 33% planejam a compra de equipamentos e 20% buscam qualificar a equipe.

Para os empresários que planejam investir, a prioridade é a ampliação do estoque (34%), seguida pela compra de equipamentos (28%), publicidade (24%) e manutenção do negócio (20%). A maioria pretende utilizar recursos próprios (31%), enquanto 21% buscam empréstimos bancários, 18% pretendem usar o cartão de crédito pessoal e 15% cogitam vender bens.

Metodologia

O estudo foi conduzido com 562 empresários dos setores de comércio varejista e serviços, abrangendo todas as regiões do país. A margem de erro é de 4,1 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Os dados foram coletados entre 9 e 31 de julho de 2024.

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