
O deputado federal Danilo Forte (União Brasil) votou a favor da chamada “PEC da Blindagem”, proposta que dificulta investigações contra deputados e senadores ao reforçar o foro privilegiado e a imunidade parlamentar. A REDE ANC questionou o deputado sobre essa postura contraditória. O parlamentar afirmou que seu voto teve o objetivo de preservar a autonomia do poder parlamentar.
“Todo mundo fala que muitas vezes o judiciário tem tomado posturas que inibem o debate político no país. Por exemplo, o deputado Van Hattem está sendo processado porque chamou um presidente da República de ladrão. Outro deputado foi processado porque questionou uma decisão judicial. E o parlamento tem que ser livre para a parlar e representar os mais diversos segmentos. Você tem que salvaguardar e garantir a autonomia de um poder”, justificou.
Apesar da defesa, Danilo Forte disse acreditar que a proposta não avançará no Senado Federal, já que, segundo ele, o texto foi “mal compreendido pela sociedade” e traz pontos que levantam questionamentos sobre inconstitucionalidade.
“Não podemos ter um parlamento atrofiado, subserviente. Foi isso que foi votado. Eu acho difícil passar lá para o Senado, até porque foi mal compreendido pela sociedade. E ao mesmo tempo existem aspectos que provocam questionamentos sobre inconstitucionalidades”, relatou.
PEC da Blindagem – acompanhe a entrevista de Danilo Forte
A posição atual contrasta com a postura do deputado. Em julho deste ano, ele defendeu a punição do também deputado Júnior Mano (PSB), investigado pela Polícia Federal em um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares. Ao votar “sim” pela PEC, Danilo Forte contribuiu para a aprovação da medida que dificulta a investigação de deputados e senadores, fortalecendo o foro privilegiado.
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