A Notícia do Ceará
PUBLICIDADE

Ministério Público cobra novos leitos de UTI neonatal no Ceará

Com déficit de 258 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal no Ceará, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a situação de assistência médica aos recém-nascidos é considerada crítica pelo Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE). Somente na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), a maior em número de leitos no Estado, há 22 bebês além da capacidade.
Requerimento enviado pelo órgão à Justiça Federal solicita dos Governo Federal, Estadual e Município de Fortaleza o cumprimento de sentença ainda de 2006, cuja determinação é a criação de novos leitos. À época, órgãos recorreram da decisão em todas as instâncias. Como não há mais recursos, agora o MPF cobra da Justiça que seja imposto o prazo de 30 dias para a implementação de novas medidas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
A procuradora da República, Nilce Cunha Rodrigues, autora da ação, destaca que a situação se arrasta há mais de uma década. “Se já acontecia na época, isso vai se agravando à medida que mais pessoas nascem”, alerta. “Em 2004, teve uma crise na Meac. Foi quando a gente começou a se debruçar sobre a questão. É angustiante esperar passar 14 anos para ter uma decisão”.
No Ceará, há um total 234 leitos de UTI neonatal. Destes, 175 integram o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Atualmente, a Meac tem 33 bebês nas unidades de alto risco (UTIs), cuja capacidade é de 21. Nas unidades de médio risco, são 35 leitos. No entanto, há 45 bebês.
Por meio de nota, a unidade informou que é um “Hospital Universitário, com finalidade de ensino, que colabora como membro da Rede de Atenção à Saúde em Fortaleza, não medindo esforços para atender ao máximo de mulheres e bebês, nunca, entretanto, em detrimento da segurança do paciente”.
WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir