A população do município de Jijoca de Jericoacoara, a 350km de Fortaleza, tem relatado constantes transtornos ocasionados pelo avanço do mar. Um dos principais efeitos do fenômeno tem recaído sobre a rede de esgoto local.
Para tentar contornar a situação e amenizar os efeitos do avanço do mar em Jeri, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará montou uma equipe de profissionais para a realização de iniciativas emergenciais e estruturais. Essas medidas incluem a desativação de tubulações que estão sendo expostas pela erosão e o redirecionamento do fluxo de esgoto para mais distante da praia.
Um estudo elaborado pela própria Cagece lança a previsão de conclusão desses trabalhos para agosto de 2024. Ainda de acordo com o levantamento, o prazo poderá trazer soluções definitivas para os danos sofridos pelo avanço do mar.
Segundo a Cagece, isso será viabilizado através da desativação da rede próxima à maré e a implantação de novo trecho em ruas paralelas.
Contenção do avanço do mar em Jeri
Uma outra solução apontada pela Cagece é a construção de uma estação elevatória, que será responsável por bombear o esgoto para a estação de tratamento de forma mais limpa.
A maior parte das obras será executada por meio de um método não destrutivo, com redução na abertura de valas e retirada de pavimento. O objetivo é diminuir o impacto sobre o trânsito de pessoas e veículos na cidade, além de ser uma alternativa mais sustentável.
De acordo com Neuri Freitas, presidente da companhia, tudo foi pensado no sentido de reduzir os os danos a curto prazo. “É necessário manter o sistema funcionando de forma adequada até termos a conclusão dessa nova rede de esgoto, que vai resolver em definitivo esse problema causado pelo avanço do mar”, destacou.
