A Notícia do Ceará
PUBLICIDADE

Amanhã: O que está em jogo na Copa NE

taça-copa-ne-federaçao-sergipana-futebolA temporada vai começar para valer neste final de semana para Ceará e Fortaleza. Os arquirrivais ainda não tiveram grandes testes no Campeonato Cearense e começam, agora, a disputar a Copa do Nordeste, na qual poderão medir com mais precisão a qualidade de seus elencos. O Leão estreia primeiro, amanhã, às 16h, no Castelão, contra o River no reencontro do técnico Flávio Araújo com o time que levou ao vice-campeonato brasileiro da Série D. O Vovô estreia no domingo, também às 16h, fora de casa, contra o Vitória da Conquista, em Ilhéus, interior da Bahia.

A Copa do Nordeste chega para os times cearenses como uma grande oportunidade, mas também como um alerta. A oportunidade é de fazer dinheiro, embolsar milhões de reais que farão a diferença ao longo da temporada. É também uma chance real de disputar um título de expressão muito maior que o estadual – que o diga o Ceará, campeão invicto de 2015.

O time de Porangabuçu é, também, o símbolo do alerta que precisa estar sempre aceso na “Lampions League”. Embora seja um termômetro bem melhor do que o falido Campeonato Cearense, a campanha na Copa do Nordeste não determinará a grandeza que cada time terá no segundo semestre, onde residem os reais objetivos de alvinegros e tricolores. Em 2015, o campeão Ceará precisou de um milagre dos grandes para evitar o rebaixamento na Série B. Portanto, leões e vovôs precisam se vacinar contra o deslumbramento.

Oportunidades
Conquistar a Copa do Nordeste significa uma premiação acumulada de R$ 2,385 milhões, quase R$ 200 mil mensais, que representariam um abatimento considerável dos custos com folha salarial. Ao simplesmente passar da fase de grupos, cada time receberá quase R$ 1 milhão (exatos R$ 935 mil). Some-se a isto a arrecadação milionária com bilheterias, especialmente da fase de mata-mata, e o montante chegará a mais de R$ 5 milhões para o campeão – em 2015, somente os ingressos renderam ao Ceará R$ 2,8 milhões líquidos.

Há, ainda, os ganhos intangíveis, que não aparecem imediatamente nos números, como a valorização da marca, os ganhos indiretos (com sócios-torcedores, por exemplo), o posicionamento do clube como força nordestina e o tempo de mídia na repercussão nacional que a Copa do Nordeste dá aos seus primeiros colocados, especialmente ao campeão. Nada comparado ao doméstico Campeonato Cearense, que tem a rivalidade como principal (ou único) atrativo.

Desafios
Com tantos benefícios a oferecer, a Copa do Nordeste cobra seu preço. Uma campanha ruim levanta dúvidas sobre o potencial de um elenco, cria turbulências no início da temporada nacional e pode até instalar uma crise entre time, imprensa e torcida. E, de forma ingrata, o oposto não se aplica. Uma bela campanha, embora traga seus doces frutos, não atesta a qualidade dos jogadores e pode ludibriar comissão técnica e diretoria, como aconteceu com o Ceará. A missão, portanto, é dupla e delicada: buscar o título, mas não comemorar tanto.

Fórmula
Assim como no ano passado, os 20 times estão divididos em cinco grupos de quatro e jogam entre si em dois turnos. Avançam para as quartas de final os vencedores de cada chave e mais os três melhores segundos colocados. A partir daí, o mata-mata acontece no formato tradicional, em ida e volta e com gol qualificado. O Ceará está no Grupo E, ao lado de Sampaio Corrêa, Flamengo-PI e Vitória da Conquista-BA. O Fortaleza está no Grupo D, com Sport, River e Botafogo-PB. Estarem em grupos vizinhos não significa nada para Ceará e Fortaleza, pois haverá sorteio para definir o chaveamento do mata-mata.

O.E.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir