A Notícia do Ceará
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Após atentado, Marcelo Paz diz que Fortaleza não tem condições de jogar

No retorno à capital cearense, Marcelo Paz, CEO do Fortaleza Esporte Clube, afirmou que o time está sem condições de jogar devido aos prejuízos físicos e psicológicos que foram sofridos pelos atletas e demais membros da delegação na noite desta quinta-feira (21/02). Na ocasião, a torcida do Sport atacou o ônibus do time cearense com pedras e bombas caseiras.

Em entrevista concedida no aeroporto de Fortaleza, Marcelo Paz atualizou a situação dos atletas que precisaram ser levados ao hospital. O mandatário tricolor também cobrou medidas mais enérgicas para punir os responsáveis pelo episódio de violência. 

“O Fortaleza não tem condições de jogar. Como vou botar o time em campo com os atletas nesse estado? O time só deveria jogar quando esses jogadores tiverem condições e estiverem recuperados. Aliás, só deveria jogar quando esses bandidos fossem punidos. Não tem condições. Não morreu alguém por Deus. Por que esses caras não são presos?”, questionou.

Na ocasião, Marcelo Paz afirmou, ainda, que as reações devem ir além de uma nota de repúdio ou de um texto que expresse lamentos pelo ocorrido.

Histórico

O ônibus da delegação do Fortaleza, que embarcava atletas, comissão técnica, staff e diretoria, foi atacado por bombas e pedras por torcedores do Sport na saída da Arena de Pernambuco,  após a partida válida pela Copa do Nordeste. Após o ocorrido, a delegação foi levada ao hospital mais próximo de Recife.

De acordo com nota divulgada pelo Fortaleza Esporte Clube, seis jogadores foram atingidos: o goleiro João Ricardo foi ferido com um corte no supercílio e o lateral Escobar sofreu uma pancada na cabeça, um corte na boca e um outro corte no supercílio. Já o lateral Dudu, os zagueiros Titi e Brítez, e o volante Lucas Sasha foram feridos com estilhaços de vidro e tiveram de conter os pontos de sangramentos.

Pelas redes sociais, o governador Elmano de Freitas rechaçou o episódio lamentável contra a delegação do time cearense. “Triste e lamentável o ataque sofrido pela delegação do Fortaleza Esporte Clube em Recife, que teve o ônibus apedrejado por torcedores do Sport após o jogo de ontem à noite. Minha solidariedade aos atletas, comissão técnica, diretoria e ao CEO do clube, Marcelo Paz. Desejo pronta recuperação aos jogadores feridos. Futebol não combina com episódios de violência como este”, postou.

Solidariedade

Ministério Público, figuras políticas e outros clubes se manifestaram sobre o ocorrido e repudiaram os atos da torcida pernambucana. As instituições cobraram medidas cabíveis. Maior rival do Tricolor de Aço, o Ceará, através de suas redes sociais, se manifestou sobre o caso. O clube disse que “é inadmissível o episódio de violência em Recife, protagonizado por criminosos que se dizem torcedores”.

Outro time da capital que expressou solidariedade ao Fortaleza foi o Ferroviário. Para o clube coral, é lamentável que atletas, que dedicam suas vidas ao futebol se deparem com situações tão adversas. “Acreditamos na importância de promover um ambiente esportivo seguro e inclusivo, onde a rivalidade seja apenas no torcer e não ultrapasse os limites do respeito”.

A vice-governadora Jade Romero (MDB) também realizou uma postagem em suas redes sociais e definiu o episódio como um “absurdo”. No posicionamento, Jade Romero salientou que um país que se prepara e comemora o pleito para a possibilidade de receber a Copa do Mundo do Feminina não pode admitir que esse tipo de crime aconteça.

 

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