Após ter sido preso em abril de 2023, quando ainda era prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB) agora deve ser candidato a vereador no mesmo município. As informações acerca de sua candidatura estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na plataforma, onde constam os dados dos postulantes à Câmara Municipal , inclusive os bens declarados, é possível conferir que Carlomano não declarou nenhum patrimônio.

Quando era prefeito daquele município, Carlomano foi detido numa operação do Ministério Público do Ceará em parceria com a Procuradoria de Justiça de Crimes Contra a Administração Pública (Procap). Além dele, outros 22 servidores também foram presos sob acusação de envolvimento com esquemas ilegais de licitação.
Quase um ano depois, em fevereiro de 2024, Carlomano anunciou por meio de suas redes sociais que renunciava ao cargo de prefeito. A justificativa apresentada por ele foi o desejo pela sua liberdade. “Eu não posso frequentar a UPA, que foi um trabalho que consumiu muito minha energia, eu não posso frequentar o hospital que vamos inaugurar de fato há 15 dias, então, eu preciso da minha liberdade, minha liberdade de cidadão, o meu direito de ir e vir”, disse na ocasião.

Além disso, desde 2017, irregularidades no Instituto de Previdência de Pacatuba foram identificadas, incluindo a falta de transparência e segurança, conforme relatório do Tribunal de Contas do Estado. Os segurados não têm acesso a informações contábeis e patrimoniais, e a Prefeitura não atualiza o Cadastro da Previdência (CADPREV) como exigido por lei. Um novo Inquérito Civil foi instaurado para investigar os gestores atuais.
Ainda neste ano, em março, Carlomano e outras autoridades foram acusados de superfaturamento na compra de material didático, beneficiando familiares, o que gerou prejuízos ao município. As investigações começaram após denúncia de vereadores.
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