No final do último mês, servidores das três universidades estaduais do Ceará decretaram estado de greve. A decisão foi tomada com o objetivo de reivindicar a nomeação dos aprovados no concurso da Universidade Estadual do Ceará (Uece).
O certame foi realizado entre agosto e dezembro de 2022 sendo homologado em janeiro deste ano. O intuito é a contratação de docentes para preencher cargos efetivos em todos os campi da Uece no interior e na capital. Contudo, até o momento nenhum professor foi nomeado.
Segundo o Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece), o processo está em tramitação e a expectativa é que, em breve, 175 professores assumam os cursos já existentes. Em se tratando dos docentes alocados para os novos cursos, estes devem começar a ser contratados no próximo semestre, conforme foi dito pela reitoria da Uece em reunião com a diretoria do sindicato.
Apesar do processo de nomeação já estar em sua última etapa, os aprovados no concurso temem possíveis prejuízos. Como o semestre teve início em março, o período letivo está em andamento e muitos alunos ainda estão sem aula.
Outro ponto abordado é a questão salarial. Segundo o grupo, a defasagem já supera 37% nos vencimentos e está acumulada nos últimos oito anos. No entanto, até agora, o Governo do Estado não sinalizou quando haverá o aumento.
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Diante de tais circunstâncias, o estado de greve foi deliberado, mas isso não significa a suspensão das atividades. No momento, os docentes buscam intensificar debates e mobilização para uma possível deflagração de greve.
A Rede ANC entrou em contato com a Casa Civil do Governo do Estado para mais informações e esclarecimentos sobre o caso, mas até o fechamento da matéria não houve retorno.
