Nesta terça-feira (04/04), o governador Elmano de Freitas (PT) anunciou a convocação gradativa de seis mil aprovados no concurso da Fundação Regional de Saúde (Funsaúde). O intuito é reduzir os contratos terceirizados firmados com cooperativas e organizações sociais.
Conforme a secretária Estadual de Saúde, Tânia Coelho, neste ano serão convocados dois mil profissionais e o restante será chamado até 2026. “Esse ano dois mil concursados. Seiscentos agora no mês de maio, mais 600 em setembro e 800 em dezembro. Depois até 2026 serão todos os concursados”, explicou.
O projeto foi enviado para a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) após intervenção do Ministério Público do Estado (MPCE). O órgão investiga contratações irregulares por diversas prefeituras do Ceará envolvendo esquemas de corrupção e desvio de dinheiro.
Na ocasião, também foi aprovada por unanimidade a extinção da Funsaúde. A partir de agora, a Fundação será incorporada à Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) e os funcionários se tornarão servidores públicos ao invés de contratados.
Segundo a titular da pasta, os profissionais serão alocados em diversos equipamentos estaduais. “Vamos estabelecer concursados no Hospital Geral de Fortaleza, no Hospital de Messejana, no Hospital Infantil Albert Sabin e vamos contemplar as necessidades desses hospitais”, declarou.
Após a aprovação do projeto, sindicatos se posicionaram de forma favorável à decisão dos parlamentares. No entanto, a extinção da Funsaúde não foi vista com bons olhos. Segundo a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde), Marta Brandão, a medida vai permitir que mais da metade dos profissionais siga trabalhando em condições precárias.
