De acordo com o secretário de Esporte, Rogério Pinheiro, a Arena Castelão deve contar com um sistema de biometria facial para o acesso dos torcedores. A medida, que deve ser implementada até junho de 2025, também será implantada na Arena Romeirão, em Juazeiro do Norte.
A iniciativa teve participação direta do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O órgão fiscalizador tem atuado com o intuito de emplacar essa ação nas praças esportivas do Estado que possuem capacidade para mais de 20 mil torcedores, conforme determina a Lei Geral do Esporte.
Segundo o Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor), o uso da biometria facial para acesso às arenas faz parte do projeto “Estádio Seguro”, idealizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Na reunião que tratou das definições, representantes da pasta se fizeram presentes e discursaram sobre a experiência da biometria, instalada inicialmente em Brasília.
Os técnicos reforçaram a necessidade da integração de informações entre os órgãos de Segurança Pública, para que o ambiente do futebol profissional brasileiro mais seguro e acolhedor para todos.
Segundo o coordenador do Nudtor, promotor de Justiça Edvando França, Estado e Município têm responsabilidade em acelerar os trâmites burocráticos e técnicos para entregar à população um benefício que deve ter impacto significativo. “Com o projeto ‘Estádio Seguro’, o torcedor, ao comprar seu ingresso, estará habilitado a entrar no estádio somente por meio do reconhecimento facial. Com isso, esperamos que a prática de cambismo acabe, já que cada ingresso será vinculado ao CPF e à uma fotografia de rosto do torcedor. Assim, aquele que estiver afastado do estádio por mal comportamento sequer conseguirá comprar o ingresso”, destacou.
Objetivos da biometria
Assinado em setembro de 2023, o acordo de cooperação do projeto “Estádio Seguro” tem como objetivo somar esforços às políticas de segurança pública para tornar o futebol brasileiro mais seguro para jogadores e torcedores.
Outras medidas do projeto incluem ações e iniciativas que proíbam e previnam atos de violência, racismo, xenofobia, sexismo, homofobia ou qualquer outra forma de discriminação e violência no âmbito esportivo.
Além disso, há o objetivo de evitar a manipulação de condutas e resultados esportivos, em afronta à integridade esportiva e à imprevisibilidade do resultado. Acompanhe essa e outras informações nas plataformas da REDE ANC.
