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Argentina prevê poupar R$ 10 bi com corte de subsídios

1O governo argentino prevê economizar até US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) por ano com a retirada dos subsídios de energia. A medida faz parte do projeto do presidente, Mauricio Macri, de reduzir auxílios financeiros implementados na economia do país pela sua antecessora, Cristina Kirchner.

O corte também ajudará o governo a diminuir o deficit fiscal, que chegou a 7,1% do PIB em 2015. A meta é atingir 0,3% em 2019, quando Macri encerrará o mandato.

Os subsídios kirchneristas eram criticados por incluírem classes mais altas no benefício e demandarem grande parte dos recursos do país.

Além disso, segundo críticos, eles tinham como consequência a baixa dos investimentos no setor elétrico – com isso, cidades como a capital, Buenos Aires, convivem com frequentes apagões.

Dados da consultoria Abeceb mostram que os subsídios corresponderam a 4,8% do PIB no ano passado, o que equivale a 234,4 bilhões de pesos (cerca de R$ 70 bilhões). Só o setor energético ficou com 3,2% desse total.

Com a retirada dos auxílios, o preço da energia poderá subir até 350% na capital a partir desta segunda, 1º.

O aumento foi determinado apenas no valor da geração de energia. Nos próximos dias, deverão ser anunciados os incrementos na distribuição. Por isso, ainda não é possível saber qual será o reajuste
final na conta de luz.

A alta vai variar conforme o consumo de cada um. As classes mais baixas, segundo o governo, não serão afetadas pela medida e continuarão contando com o subsídio.

Com a exclusão dos mais pobres, a popularidade do presidente argentino – que está em 64%, segundo a consultoria Poliarquía- não deverá ser prejudicada.

Folhapress

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