O Assessor Especial de Desenvolvimento do Governo do Estado, Audic Mota foi condenado pela Justiça por abuso de poder através da prática de violência política de gênero. A decisão, proferida pelo juiz Sérgio Augusto Neto, declara Audic inelegível pelo prazo de oito anos, para as eleições a se realizarem nos oito anos subsequentes às eleições municipais de 2024.
Segundo o relatório do juiz, Audic teria auxiliado uma apoiadora política, na campanha eleitoral de 2024 em Tauá, a filmar um ato de assédio contra uma eleitora da cidade. Na ocasião, um homem identificado como Abdias teria colado adesivos de campanha na genitália da vítima. Conforme o magistrado, a atitude do emedebista demonstrou “validação e encorajamento do ato”, explorando a “coisificação da mulher” e o “machismo estrutural” para se “empoderar como homem dominante perante os apoiadores” e “obter proveito eleitoral.
Em nota oficial enviada à REDE ANC, o ex-deputado se posicionou sobre o assunto. No documento, Audic Mota afirmou não ter envolvimento em atos que atentem contra a dignidade de qualquer pessoa, reiterando que jamais compactuou ou incentivou condutas que desrespeitem os direitos fundamentais, a igualdade de gênero ou a dignidade humana. Na oportunidade, o assessor especial citou que a ação judicial se trata de uma “manobra” de seus adversários, com o objetivo de desgastar a sua imagem no meio político.
O ex-deputado diz que irá recorrer da decisão. “A ação movida contra mim, referente às eleições de 2024, em que sequer fui candidato, não passa de uma armação construída pela oposição política em Tauá, que tenta a qualquer custo manchar meu nome e minha trajetória. É importante deixar claro que a pessoa apontada como autora dos atos lamentáveis no evento — um apoiador ligado ao próprio grupo adversário — jamais integrou minha equipe ou meu círculo de apoio”, enfatizou.
Audic Mota afirma que irá recorrer
De acordo com a decisão da Justiça, Audic Mota estará inelegível até 2032. “Aplicando-lhe as sanções previstas no artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar nº 64/90, declaro o investigado inelegível pelo prazo de oito anos, para as eleições a se realizarem nos oito anos subsequentes às eleições municipais de 202”, afirmou o juiz Sérgio Augusto Neto.
Também em resposta, o assessor especial de Desenvolvimento afirmou que não irá permitir que sua imagem vire alvo de perseguição. “Responsabilizar por condutas praticadas por adversários, sem meu consentimento ou participação, demonstra o nível de desespero de quem busca, na marra, criar uma narrativa para me atingir politicamente. Reitero meu compromisso com a verdade e minha total confiança na Justiça Eleitoral e no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, instância em que apresentarei o devido recurso”, reforçou.
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